Sobre o fim dos diplomas (e daí?)

Imagine o fim do diploma do médico. Você se consultaria com um não-médico? Claro que não. Só se morasse na Amazônia e precisasse parir. Aí iria recorrer a um não-médico (as parteiras).

No caso do jornalismo (e dos diplomas dos jornalistas), informação é um bem comum, público, não é restrito a um conjunto de especialistas. Os especialistas continuarão a ser importantes. Ninguém contrata alguém sem critérios de qualidade. Nem na Globo, nem na TV Brasil. É um tiro no pé, e se existe é porque a empresa está agindo de forma burra (e isso nunca vai ser crime).

Pegue o caso da CNT, por exemplo. Ele já comente uma contravenção em relação à lei, por vender programas inteiros em sua grade, assim como a Bandeirantes e outras tevês locais. E há jornais e revistas que deveriam (objetivamente) serem classificados como catálogo publicitário (a Revista VEJA já sofreu uma ação do MP nesse sentido). Isso já é “crime”. O que fazem as autoridades quanto a isso? Como evitar que liguemos no canal 9 e não apareça uma mão parada durante 40 minutos com jóias sendo oferecidas em 6 leves presentações de 200 reais?

O diploma ainda será muito importante. Quem perde são as faculdades de péssima qualidade, com os cursos de produção de diploma (e não de conhecimento).

Perguntar não ofende

Se, agora que caiu a obrigatoriedade do diploma, alguém considera que não vale de nada fazer uma faculdade, então a universidade serve apenas para dar diploma?

Que coisa.

Pelo menos eu costumo frequentar faculdade (estou na segunda) para aprender, não para pegar diploma.

Deixe uma resposta