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La construcción del yo comunitario en las ruedas de la Terapia Comunitaria Integrativa.

¿Cómo es que la Terapia Comunitaria Integrativa se constituye en un espacio para la emergencia de un yo comunitario?

Cuando la persona comienza a frecuentar las ruedas de la Terapia Comunitaria Integrativa, en seguida empieza a descubrir que hay mucho de sí misma en las otras personas.

O sea, ella, que se creía tan diferente de todo el mundo, que sus problemas no podrían solucionarse, de pronto está en un ambiente festivo, cálido, amistoso, en el cual las personas se abrazan, ríen, oran juntas, se escuchan unas a las otras, se llaman por el nombre.

Con un acto tan simple, unas barreras de aislamiento y de extrañamiento, de sensación de ser un sapo de outro pozo, empiezan a desaparecer.

La sociablidad en el sistema capitalista va creando antagonismos entre las personas, exacerbando las diferencias en un sentido de apartamiento, de exclusión y oposición, de competición.

Muchas veces todo lo que precisamos, es saber que no somos extraños, que no somos tan diferentes que el mundo no tenga un lugar para nosotros.

Esto se consigue en buena medida, cuando uno empieza a habituarse a convivir con personas de diferentes extracciones sociales y niveles socio-económicos, con diferentes grados de escolaridad y profesiones distintas, en un espacio de acogimiento que al principio es exterior, es el lugar donde se realiza la rueda de la Terapia Comunitaria Integrativa, y de a poco, va siendo tu propio espacio interno, el lugar que sos vos mismo o vos misma, el lugar que cada uno de nosotros es.

A partir del momento en que se empieza a romper el extrañamiento, y que va surgiendo una sensación de familiaridad, de aceptación de sí en el grupo, la persona va teniendo progresivamente, cada vez más una sensación antigua, como que infantil, de paz, de aquietamiento.

Quién sabe esto tenga que ver con la rueda, con la forma circular del espacio de escucha en el que transcurre la Terapia Comunitaria Integrativa.

En ese círculo, en el que cada uno tiene su lugar, y en el cual entre todas las personas se forma como un nido, un útero materno, una oca, una casa, la persona va volvendo a esa sensación, a ese estado primordial de contención, de pertenecimiento a un todo más grande.

El retorno de este estado infantil de bienestar, surge en medio de un colectivo en el cual las personas que te eran extrañas, pasan a formar parte de vos mismo, empiezan a formar parte de tu vida.

Y esto es una sumatoria infinita: los rostros, las presencias, el sentir de las diferentes personas que uno fue incluyendo en su propio campo afectivo y de experiencia a lo largo de las diversas ruedas de Terapia Comunitaria Integrativa, van formando un piso interior, un terreno interno de confiabilidad, de solidez, de confianza.

Sobre ese piso interno firme, en medio de las vicisitudes y variabilidades de la vida, en medio de los constantes cambios a que está sujeta la existencia humana, la persona puede ir constuyendo un futuro esperanzador.

Una vez que fue recompuesta la dimensión interior colectiva, comunitaria, social, una vez que fue deshecho el extrañamiento alienante y separativo, comienza un proceso contínuo de retorno acentuado de la persona a su propia identidad auténtica.

La escucha activa desempeña un papel primordial en este processo. A medida que voy escuchando al otro, a los otros, y que esos otros se van mostrando como tan semejantes a mí, mi interior se empieza a poblar de gente, de rostros, un tejido continuo comienza a establecerse entre el dentro y el fuera.

El yo ya no es tan solamente yo. Es cada vez más un yo que es un nosotros cada vez más vasto. Ya los demás no me son tan indiferentes.

Fui creando dentro de mí mismo, un espacio para quien está allí a mi lado, tratando como yo, de hacerse un lugar en el mundo, o, mejor, de descubrir y ocupar su propio lugar en el tejido social.

Por uma política de convivência com o semiárido. Entrevista especial com Dom Luiz Flávio Cappio

“É incrível a postura de um governo, que foi eleito pelos pobres deste país, ao desprezar tanto as verdadeiras necessidades do povo e se tornar totalmente insensível diante das imensas carências deste mesmo povo”, lamenta o bispo de Barra, Ba.

Confira a entrevista.

“O meu sentimento é de tristeza de ver, em primeiro lugar, o povo sendo maltratado. As comunidades sendo colocadas totalmente de escanteio. (…) Fico triste com essa postura ditatorial de um governo que se diz do povo”. O desabafo éDom Luiz Flávio Cappio, bispo da Diocese da Barra, na Bahia, em entrevista à IHU On-Line por telefone. Cinco anos depois de fazer uma greve de fome em oposição àtransposição do rio São Francisco, Dom Cappio continua decepcionado com a posição do governo de manter uma obra que não resolverá os problemas do semiárido.

Ele conta que a obra de transposição do rio São Franciscoestá “abandonada”, porque deixou de ser prioridade do governo. “A região virou um caos. Os moradores investiram em restaurantes, hotéis, etc. Mas os trabalhadores foram embora, porque a obra ficou praticamente parada. Hotéis, pousadas e restaurantes que foram construídos estão fechados, e o povo ficou no prejuízo”. Na avaliação do bispo, a “grande prioridade do governo” é preparar a “nação para a Copa do Mundo. Os recursos que antes estavam destinados a essas grandes obras do PAC estão sendo direcionadas para as grandes arenas e serviços de infraestrutura para a Copa do Mundo”.

Questionado sobre se mantém o diálogo com o governo, ele é enfático ao se referir à presidente Dilma: “Acredito que ela não tenha nenhum interesse de conversar comigo como também com qualquer membro desta luta. Mas assim como Lula, o governo do PT sempre foi cego, surdo e mudo às manifestações populares. E assim como todos os nossos diálogos com o governo Lula foram infrutíferos, o mesmo acontece com o governo atual. Mudam as pessoas, mas a sistemática é a mesma. Ditadura não dialoga”.

Dom Luiz Flávio Cappio vive na Bahia, onde está à frente da Diocese de Barra. Em 2005 e 2007 fez greve de fome em protesto contra o projeto do governo federal de transposição do rio São Francisco. Em 2008, a organização Pax Christi Internacional (Bélgica) deu a Dom Cappio o prêmio da Paz por sua luta em defesa da vida na região do São Francisco. Em 2009, recebeu o Prêmio Kant de Cidadão do Mundo, da Fundação Kant (Alemanha).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Qual a atual situação das obras de transposição do rio São Francisco? O senhor tem acompanhado a obra ao longo dos últimos cinco anos?

Dom Luiz Flávio Cappio – A obra está praticamente parada. Em alguns canteiros o exército está presente, mas boa parte da obra já está abandonada em decomposição, destruída. Enquanto isso o governo anuncia valores imensos para a continuação dos trabalhos e para consertar aquilo que foi danificado por irresponsabilidade do próprio governo. O que está acontecendo é trágico. A obra não obedece nenhum cronograma de construção.

IHU On-Line – Quais são as razões do atraso da obra? Que falhas aponta?

Dom Luiz Flávio Cappio – A transposição de águas do rio São Francisco é uma obra totalmente ilógica. Foi planejada para estar numa vitrine de propaganda, principalmente política, do governo que a concebeu. Os detalhes técnicos não são levados em consideração. No momento da execução os responsáveis se deparam com imensos problemas, próprios de uma obra dessa magnitude. A obra passa a ser protelada juntamente com os reajustes orçamentários.

Infelizmente o projeto de transposição não respeita as populações como merecem. A obra passa por uma região que é habitada por comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, povos ribeirinhos que, evidentemente, reagem.

A obra já foi uma das prioridades do PAC. Hoje a grande prioridade do governo é a preparação da nação para a Copa do Mundo. Os recursos que antes estavam destinados a essas grandes obras do PAC estão sendo direcionadas para as grandes arenas e serviços de infraestrutura para a Copa do Mundo.

IHU On-Line – Há cinco anos o senhor mencionava os impactos que a transposição causaria aos moradores da região. Qual a situação deles hoje?

Dom Luiz Flávio Cappio – São dois os impactos. Primeiramente o impacto social com as comunidades que moram próximas à obra. Houve, por parte das nações indígenas, uma reação muito grande, mas o governo deu-lhes um “cala a boca” e elas não tiveram mais possibilidades de se manifestarem como nações indígenas. Por esse motivo a obra se torna anticonstitucional, visto que, segundo a Constituição Cidadã de 1988, qualquer projeto que envolva território indígena o Congresso deve ser consultado. E este jamais deu parecer algum sobre o assunto e nem sequer foi consultado.

Em relação às demais comunidades de moradores e pequenos proprietários locais, houve muitas promessas e propaganda enganosa na implantação do projeto. Mas, na medida em que o trabalho foi sendo implantado, o povo viu, às duras penas, que não era nada daquilo que se prometeu. Pelo contrário, eles estavam destruindo cercas, acabando com as roças, dizimando os rebanhos, as indenizações muito mal pagas, enquanto o povo estava sendo encurralado sem ter para onde ir.

A região virou um caos. Os moradores investiram em restaurantes, hotéis, etc. Mas os trabalhadores foram embora, porque a obra ficou praticamente parada. Hotéis, pousadas e restaurantes que foram construídos estão fechados, e o povo ficou no prejuízo. Sem falar nos filhos e filhas que foram gerados pela presença de uma multidão de homens ao longo do canteiro de obras, quer dizer, há problemas sociais terríveis.

O segundo impacto é ambiental. Toda a região foi devastada. Se sobrevoarmos o canteiro de obras dos canais da transposição, vamos observar uma enorme faixa de terra totalmente nua como se fosse um imenso deserto, quer dizer, sem o menor respeito pela biodiversidade da Caatinga. São danos irreparáveis de uma obra que começou, está parada e que não vai para lugar nenhum.

IHU On-Line – Como estão as manifestações populares contra a transposição?

Dom Luiz Flávio Cappio – No início aconteceram muitas manifestações na própria região como também em Brasília. Vários grupos representantes de comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas apoiadas por vários segmentos solidários acamparam no planalto. Houve manifestações homéricas. Eu mesmo participei destas manifestações, na região e em Brasília. Visitei as comunidades indígenas por várias vezes, encorajando as lideranças. Mas tudo foi em vão. Os governantes não nos ouviram nem nos receberam. Fizeram-se cegos, surdos e mudos diante do grito do povo. A mesma coisa está acontecendo em Belo Monte, no Pará. É incrível a postura de um governo, que foi eleito pelos pobres deste país, ao desprezar tanto as verdadeiras necessidades do povo e se tornar totalmente insensível diante das imensas carências deste mesmo povo.

IHU On-Line – O governo anunciou a construção de novas hidrelétricas para a Amazônia. Como avalia essas obras? De modo geral, como vê o plano energético do governo federal?

Dom Luiz Flávio Cappio – Estamos numa verdadeira ditadura em que os projetos são impostos, ninguém conversa com ninguém, não existe nenhum diálogo. Apenas os lobbies das grandes empreiteiras, das grandes empresas produtoras de energia elétrica, dos grandes grupos econômicos interessados são considerados. A sociedade civil fica totalmente à margem. Quando os especialistas das universidades expõem suas ideias, colocando sua posição com embasamento técnico e de conhecimento, eles são ignorados. A sociedade civil está marginalizada. É uma verdadeira ditadura dos interesses econômicos. Veja só o absurdo: enquanto todos os países civilizados reveem seu programa de energia nuclear, o Brasil leva adiante os projetos de usinas nucleares no São Francisco!

IHU On-Line – O senhor tem dialogado com a presidente Dilma sobre a transposição do rio São Francisco, como fez com Lula?

Dom Luiz Flávio Cappio – Conversei com o ex-presidente Lula. Com a presidente Dilma apenas participei de uma mesa num seminário sobre o São Francisco antes de ela ser presidente. Não conversamos sobre o projeto de transposição.

IHU On-Line – Por falta de oportunidade?

Dom Luiz Flávio Cappio – Sim, por falta de oportunidade. Acredito que ela não tenha nenhum interesse de conversar comigo como também com qualquer membro desta luta. Mas assim como Lula, o governo do PT sempre foi cego, surdo e mudo às manifestações populares. E assim como todos os nossos diálogos com o governo Lula foram infrutíferos, o mesmo acontece com o governo atual. Mudam as pessoas, mas a sistemática é a mesma. Ditadura não dialoga.

IHU On-Line – Como os bispos do Norte e Nordeste têm dialogado em função do projeto energético?

Dom Luiz Flávio Cappio – Meus irmãos, os bispos do Nordeste, foram ingênuos e se deixaram levar pela propaganda oficial do governo. Olhavam nossa postura com desconfiança. Mas, na medida em que a obra foi sendo implementada, trazendo tantos absurdos sociais e ambientais, diversos deles chegaram ao conhecimento da verdade e mudaram de opinião em relação à transposição do rio São Francisco.

IHU On-Line – Como o senhor se sente hoje, cinco anos depois de ter feito greve de fome por causa da transposição do rio São Francisco?

Dom Luiz Flávio Cappio – O meu sentimento é de tristeza de ver, em primeiro lugar, o povo sendo maltratado. As comunidades sendo colocadas totalmente de escanteio. A sociedade civil não ser ouvida, não ter voz e não ter vez. Fico triste com essa postura ditatorial de um governo que se diz do povo. Em segundo lugar fico indignado em ver o dinheiro público, que poderia estar sendo investido em obras que realmente poderiam trazer soluções de abastecimento hídrico, estar sendo desviado. O governo já gastou muito dinheiro nesse projeto de transposição, que é uma grande mentira, um engano, um engodo. Por outro lado, me sinto confortado de ver que o tempo está mostrando a veracidade de tudo aquilo que dizíamos. O tempo é mestre de verdade e mostra com toda clareza tudo aquilo que há sete anos afirmávamos.

Alternativas

No segundo jejum, em Sobradinho, já tínhamos a solução e mostramos as alternativas de abastecimento hídrico para as comunidades carentes. O “Atlas do Nordeste”, um projeto da Agência Nacional de Águas – ANA, que é do próprio governo, visa abastecer hidricamente as comunidades carentes do Nordeste. Temos de acabar com esse mito de dizer que o Nordeste não tem água. Temos muita água na região. Água do rio São Francisco, do rio Parnaíba, que divide o Piauí com o Maranhão, uma rede de 70 mil açudes, que é a maior rede de açudes do mundo. O que falta é a distribuição dessas águas, que estão concentradas. O governo, em vez de optar pelos projetos da ANA de abastecimento hídrico das comunidades carentes, escolheu a transposição que consiste na segurança hídrica para os grandes projetos econômicos. Precisamos de políticas públicas de democratização da água, ou seja, precisamos levar essa água para quem precisa. Segundo a Constituição Cidadã de 1988, essa seria a prioridade de investimentos públicos em projetos hídricos.

Fico indignado quando vejo reportagens na televisão mostrando as comunidades carentes, aquelas mães de família chorando com lata d’água na cabeça e as criancinhas com sede. O governo é culpado por essa situação, porque optou não em levar água para o povo, mas em garantir água para os projetos econômicos.

Alternativas para abastecer o Nordeste o governo possui. Infelizmente elas não são colocadas em prática. É preciso o mínimo de bom senso: levar água para quem tem sede, e não para grandes empreendimentos empresariais.

IHU On-Line – Qual a situação do semiárido? O Programa um Milhão de Cisternas foi eficaz? A água continua sendo um agravante na região?

Dom Luiz Flávio Cappio – A seca é a seca, e não existe forma de lutar contra ela. No Nordeste sempre haverá a seca, porque faz parte da natureza da região. A nossa região é semiárida, e precisamos criar uma política de convivência com isso. E se existe sofrimento por parte do povo, o culpado é o governo por não investir recursos em políticas públicas que venham em direção às necessidades da população no que diz respeito ao abastecimento hídrico das comunidades.

O Programa Um Milhão de Cisternas é ótimo, só que os políticos tomaram conta dele. Quem administra são as prefeituras, as câmaras de vereadores e algumas ONGs. Infelizmente, o que estou vendo é que se faz política com o programa. Assim, a cisterna se tornou cabresto eleitoral e forma de garantir votos nas eleições. O programa é bom. Precisa, porém, ser melhorado na forma de implementação.

IHU On-Line – O senhor participa da “Peregrinação pelo rio São Francisco” há vinte anos. Que avaliação faz do encontro nessas duas décadas e que transformações aponta no São Francisco?

Dom Luiz Flávio Cappio – Isso é um consolo para o nosso coração. Há 20 anos fizemos essa caminhada, partindo daSerra da Canastra. O tempo passou. Já se foram 20 anos. Naquela época ainda não se falava em transposição. 20 anos de luta em prol da vida do Velho Chico e do povo ribeirinho.

Para comemorar fomos novamente visitar o berço do rio. Agradecemos a Deus por toda essa luta travada por tantas pessoas. Podemos dizer que esse encontro é o marco da luta em defesa do rio São Francisco, porque foi a partir desta iniciativa que conseguimos conscientizar as populações ribeirinhas. Hoje, em todo o lugar em que vamos ao longo do rio, encontramos as comunidades conscientes e desejosas de participar dessas lutas em defesa do rio. Isso é muito gratificante. No próximo ano iremos até a foz do rio, entre Alagoas e Sergipe, agradecer a Deus pelos 20 anos do término dessa caminhada cidadã de muito amor ao rio São Francisco e a seu povo.

Fonte; IHU

Movimiento Internacional Somos Iglesia: Declaración sobre la iglesia católica y la dictadura en la Argentina

La memoria de los pueblos latinoamericanos – especialmente los del Cono Sur (Brasil, Chile, Argentina, Uruguay, Paraguay) sigue duramente golpeada, más de treinta años después del “rumor de botas” que se extendió por la región, expresión de la violencia institucional y del terrorismo de estado a atormentar, durante décadas, a miles de ciudadanos y ciudadanas.

La ruptura del orden constitucional democrático, característico de todo estado de derecho, instaló en esos países el terror, la tortura, las persecuciones, las prisiones, el exilio a miles de ciudadanos y ciudadanas, con gravísimas consecuencias. Al poder
cívico-militar se asoció también, como cómplice, la jerarquía de la iglesia católica argentina.

La superación de la memoria golpeada del pueblo argentino exige la punición de los sujetos (individuales y colectivos) involucrados en estos crímenes, como lo ha reivindicado el reciente documento firmado por el Grupo de Curas en la Opción por los Pobres, con el cual nos manifestamos solidarios, en reivindicar de los poderes competentes que se haga justicia también a los miembros de la jerarquía católica, responsable por parte de tales atrocidades.

Ya no se trata de reconocer apenas una mera reprimenda ética por una mera conducta omisa, sino de punir crímenes de complicidad a todos los grupos y personas que hayan efectivamente colaborado con ese estado de barbarie, incluso los eclesiásticos involucrados.

Por esa razón externamos nuestra solidaridad a la reciente iniciativa del Grupo de Curas en la Opción por los Pobres, exigiendo que sea hecha justicia. (cf. http://www.curasopp.com.ar/ Comentario del Grupo de Curas en la Opción por los Pobres ante el “Mensaje al pueblo de la patria” difundido por la Conferencia Episcopal Argentina.

Homepage: http://www.we-are-church.org/int/
International Movement We Are Church

The International Movement We Are Church, founded in Rome in 1996, is represented in more than twenty countries on all continents and is networking world-wide with similar-minded reform groups. We Are Church is an international movement within the Roman-Catholic Church and aims at renewal on the basis of the Second Vatican Council (1962-1965). We Are Church was started in Austria in 1995 with a church referendum.

CARTA AOS IRMÃOS PADRES, PELO PE. ROY BOURGEOIS

«Os fiéis […] têm o direito e, por vezes, até o dever de dar aos sagrados Pastores opinião acerca do que concerne ao bem da Igreja” (Código de Direito Canônico, 212).

Sou padre católico, há 36 anos, e é a minha consciência que me obriga a dirigir-lhes esta carta.

Há tantos anos, quando eu ainda era ainda um jovem soldado, eu senti que Deus me chamava ao sacerdócio. Ingressando na Comunidade Maryknoll, fui ordenado em 1972, e enviado em missão à Bolívia.

Após minha volta aos Estados Unidos, meu ministério pôs-me em contato com um certo número de mulheres que, tal como vocês e eu, escutam o apelo ao sacerdócio.

Hoje, com 69 anos, creio sem hesitação que Deus chama tanto as mulheres como os homens ao sacerdócio, no seio da Igreja Católica.

Nâo é o Criador do céu e da terra, a Fonte de toda vida? Nosso Deus amante e todo-poderoso, que criou o homem e a mulher iguais em dignidade, será que não tem o poder de tornar aptas as mulheres a serem presbíteras?

Mulheres nos dizem que Deus as chama ao sacerdócio. O chamado ao sacerdócio vem de Deus, nós o sabemos. Quem somos nós para dizer que nós recebemos esse chamado, mas as mulheres, não? Quem somos nós, homens, para nos meter no chamado de Deus?

A exclusão das mulheres do sacerdócio é uma grave injustiça em nossa Igreja.

Eis por que lhes peço respeitosamente, irmãos padres, que se unam a mim para tomar a palavra sobre esse importante problema moral.

O Arcebispo de El Salvador, Dom Oscar Romero, assassinado em plena missa, por haver tomado a defesa dos oprimidos, dizia: “Que aqueles que têm voz falem em nome dos sem-voz.”

Irmãos padres, vocês e eu somos capazes de fazer ouvir nossa voz, no seio de nossa Igreja. É preciso que nós quebremos o silêncio, e abordemos essa questão da ordenação de mulheres em nossas homilias e em nossos encontros entre nós e com nossos bispos. Calar é ser cúmplice.

Somos lideranças em nossas comunidades de fé. A exemplo do que faria Jesus, caminhemos na solidariedade com as mulheres de nossa Igreja que, como vocês e eu, são chamadas por Deus ao sacerdócio.

Seu irmão em Cristo,

Roy Bourgeois, M.M.
P.O. Box 3330, Columbus, GA 31903
706 682-5369

Extraído de: Culture et Foi – Nouvelles d´Églises

http://www.culture-et-foi.com/nouvelles/articles/roy_bourgeois_pretres.htm

(Trad. Alder Júlio Ferreira Calado)

Argentina: Barrios de Pie en el Paro General. PROFUNDIZARÁN PLAN DE LUCHA.

En la mañana de ayer se realizó un acto en Plaza Independencia en el marco del Paro General convocado por las Centrales Obreras y Organizaciones Sociales y políticas.

Sobre el paro se refirió Gastón Gómez, Coordinador Provincial de Barrios de Pie: “Este Paro General es una respuesta a la falta de respuestas a los problemas estructurales que tienen el país y la provincia y que el Gobierno Nacional y los Gobiernos Provinciales no han sabido resolver. Con casi 10 años de Crecimiento de la economía, todavía hay millones de compatriotas sumidos en la pobreza y la Indigencia. Por eso desde Barrios de Pie hemos decidido fortalecer, en la Unidad de Acción con otras organizaciones Sociales, Gremiales y Políticas, la lucha para conquistar nuestros derechos”

En este sentido agregó: “Los trabajadores no estamos dispuestos a seguir creyendo en el relato del gobierno. Estamos cansados de las cifras truchas, del ajuste, que en este país se llama inflación, y que recae en los sectores más humildes mientras la renta minera, la renta financiera, las grandes multinacionales no están gravadas impositivamente”.

Para finalizar anunció que “La semana que viene vamos a Profundizar el Plan de Lucha que venimos realizando desde hace un mes, el Gobierno Provincial se ha negado sistemáticamente a escuchar los reclamos de los más humildes y hace oídos sordos ante los problemas estructurales que en 10 años no han sabido resolver. La pobreza, la Indigencia, la Desocupación y las Adicciones están haciendo estragos en la provincia”.

FOTO: NICOLÁS TUERO

Comunicado de prensa del Movimiento Barrios de Pie-Frente Amplio Progresista: ESPEREMOS QUE AHORA DEL GOBIERNO TOMEN NOTA

Pasó el 13 de setiembre y desde la administración kirchnerista dijeron que eran los manifestantes poquitos, gente rica y de derecha, a la cuál les interesaba mas Miami que San Juan. Se vino después el 8 de noviembre; ya no pudieron decir que eran escasos los argentinos y argentinas que ganaron la calle a los largo y ancho del país criticándolos. Argumentaron entonces que era la cómoda clase media que no había votado a la presidenta en octubre del 2011, por ende parte de una minoría, lo que por ende no ameritaba ningún cambio en el rumbo del gobierno. Ni siquiera dejar de lado la soberbia.

Hoy ganaron la calle los trabajadores y los pobres, esos que según el Indec están en vías de extinción por estas tierras. Frenar la inflación, no cobrar impuestos a salarios que lejos están de ser generosos, combatir el trabajo en negro, asignaciones familiares para todos, sus principales exigencias. También agregaron las que campeaban el 13S y el 8N: basta de corrupción y autoritarismo, de mentiras y doble discurso, de agresividad y prepotencia con los que piensan distinto y reclaman. Se ve que no son solo patrimonio de las clases medias esas demandas.

Las primeras respuestas de los lenguaraces habituales del gobierno -Abal Medina, Aníbal Fernández, Rambo Berni, etc- fueron extraídas del manual de zonceras K. Luego del inicial intento de ningunear el impacto de la medida tomada por la CGT, la CTA y los movimientos sociales, argumentando que “el 70% de la gente había ido a trabajar”; y con la dificultad de contraponer esa versión con los trenes que no funcionaban, con los colectivos que debían reemplazarlos semivacíos, y con las calles de Buenos Aires igualitas a un domingo veraniego por la tarde, llegó el momento de cambiar en discurso. Ya el paro, reconocida a regañadientes su masividad, pasó a ser un “piquetazo”; y los trabajadores, que en realidad están contentos y apoyan a Cristina, no fueron a laburar porque los amenazaron o nos los dejaron pasar los violentos. Esto último se lo copiaron del librito de Carlos Saúl Menem y Domingo Cavallo.

No faltó incluso un pavote alto funcionario que, muy serio, atribuyó la protesta a “algún dirigente particular que mira sus propios intereses o quiere posicionarse para quedar bien con algún multimedio”. Y tras cartón, el mismo personaje, mentando al cuco, nos dijo a todos que no rifemos el paraíso alcanzado porque “en el mundo hay ajustes brutales y hasta gente que pierde sus viviendas”. O sea, meter miedo para disciplinar socialmente. ¿En el gobierno de De la Rúa estaba este muchacho, no?

En fin, nada nuevo bajo el sol kirchnerista. Aunque a decir verdad, deseable sería que abrieran un poquito, aunque sea un poquito las orejas y escuchen lo que la gran mayoría de la sociedad les está diciendo. El respetuoso diputado Larroque sostuvo días atrás que los opositores que se movilizaban eran como zombies. Tal vez esa brillante reflexión le podría servir a Cristina Kirchner, para mirarse al espejo y abandonar la conducta de autómata que su gobierno viene teniendo. Le evitaría así al país el agudo conflicto político y social que se viene dibujando en el horizonte. Que nadie desea.
Humberto Tumini

Fuente: Movimiento Libres del Sur – Frente Amplio Progresista

A partir de Mia Couto III

Acabo de assistir à terceira parte da entrevista do escritor e biólogo moçambicano Mia Couto, concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, no dia 5/11/12. Em primeiro lugar, gostaria de dizer que está sendo uma experiência muito rica, esta de estar assistindo por partes, as sessões de conversa deste escritor africano branco. São momentos de uma escuta ativa, da forma como na Terapia Comunitária Integrativa aprendemos a fazer, e como de alguma maneira, como seres humanos, sempre soubemos fazer.

Escutar o outro sem anteparos, sem expectativas, sem julgamentos. Deixar o outro vir, deixar o outro chegar, para ver que não é tão outro, é muito mais eu. Não deixa de me maravilhar como Mia Couto é alguém que não se apresenta, ou seja, não é alguém que se prepara para dizer, para aparecer de uma certa forma. Ele está aí, e você pode se ver no lugar dele. Você pode se ver no lugar dele, e perceber que não há tantas diferenças, alguém ser africano, moçambicano, argentino, brasileiro, é gente.

Verdadeiramente acho muito notável, o efeito de uma pessoa que se mostra como é, sem enfeites nem encenações. Ela provoca o emergir, a recordação total e profunda do nosso próprio ser, da nossa própria e verdadeira essência. Aliás, uma das questões que Mia Couto coloca nesta terceira parte da entrevista, é sobre o ser e o estar, uma situação privilegiada do português (e do castelhano). Em outros idiomas, como no inglês, tem um único verbo que não distingue entre ambas condições.

Nesta parte da entrevista, pude perceber como o escritor integra os seus entrevistadores e entrevistadoras. Ele não se destaca, não se separa e nem se opõe. Ele se integra numa fala circular na qual está incluído, da qual faz parte, mas ele não é o centro, embora esteja no centro, e seja o centro. Mas aos poucos, o espectador percebe que o centro é a própria pessoa, o centro é você, o centro é a sua própria história de vida, o seu próprio percurso existencial, a sua própria vivência como ser humano.

Nesta terceira etapa da entrevista, Mia Couto falou, entre outras coisas, sobre as diferentes linguagens, o que já tinha ocorrido nas fases anteriores, onde o lugar da fabulação fora reconhecido como uma forma de conhecimento. Aqui a poesia ganha status de um conhecimento superior ao de um relatório científico. Como uma pessoa pode manter a sua espontaneidade, a sua simplicidade, e, assim, provocar nos ouvintes ou nos espectadores, um movimento de revalorização da própria vida.

Num momento, Mia Couto lembra do pai dele, andando pelos caminhos empoeirados, encontrando pedrinhas brilhantes. Nesse momento, diz o escritor, meu pai era um menino como eu. Uma outra coisa que me chamou a atenção neste terceiro trecho da entrevista, foi o que Mia Couto comenta sobre Moçambique a respeito da questão racial. Ele sendo branco, não se sente branco, se sente gente, moçambicano. Achei isto bonito. Muito lindo.

20 de novembro: CSP-Conlutas e Quilombo Raça e Classe realizam Marcha da Periferia contra o racismo, as remoções forçadas e a faxina étnica

Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe e a CSP-Conlutas vão participar da realização da Marcha da Periferia cujo tema será “Contra o Racismo, as remoções forçadas e a faxina étnica”. A Marcha da Periferia, que desde 2006 é realizada no Maranhão, se espalhou pelo Brasil e também será realizada no Rio de Janeiro, pela primeira vez, e em São Paulo a atividade já está em sua segunda edição.

O Quilombo Raça e Classe e o CSP-Conlutas vão às ruas junto com os trabalhadores e a população pobre e negra, para levar a reflexão da importância do combate às remoções forçadas, a faxina étnica, a criminalização da pobreza e a necessidade de fortalecer a luta do Movimento Negro independente dos governos e do grande capital, que explora e oprime.

A proposta da Marcha é politizar o dia 20 de Novembro, data que celebra o dia em que Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado no ano de 1695, na Serra da Barriga, em Alagoas.

Essa Marcha integra a Semana da Consciência Negra e foi criada pelo movimento HIP HOP organizado pelo Quilombo Urbano do Maranhão, com o objetivo de mobilizar as comunidades da periferia contra os problemas que enfrentam em seu cotidiano, como a falta de moradia, emprego, acesso à saúde e educação de qualidade e a violência que atinge principalmente a juventude negra nas periferias.

O Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, junto com esse movimento do Maranhão e entidades como Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), Movimento Mulheres em Luta, Movimento Luta Popular e outras organizações do movimento social e sindical, preparam essa atividade.

Fonte: CSP – Conlutas

Superando a vitimização

Você só tem sofrido, ou tem crescido com seu sofrimento? A pergunta se repete três vezes. Você só tem sofrido, ou tem crescido com seu sofrimento? Você só tem sofrido, ou tem crescido com seu sofrimento?

Quando a gente escuta esta pergunta, o importante não é tanto a resposta que se possa dar, de imediato ou depois. Nem sequer importa muito –na minha compreensão neste momento—se de fato a pergunta for respondida ou não. Importa, ao meu ver, o acolhimento da pergunta.

A Terapia Comunitária Integrativa começa com o acolhimento, nas rodas. Alguém nos recebe, alguém pergunta o nosso nome. Escutamos histórias de problemas, e tentativas de resolução, ou resoluções de fato, ou formas de aprendizado que as pessoas desenvolvem para conviver com o que não podem mudar, com o que não podem superar.

Mas agora, neste momento, ao que gostaria de continuar a me referir, é ao acolhimento da dor, do sofrimento. E o que este acolhimento é capaz de nos proporcionar. Pode parecer masoquismo que alguém diga que devemos acolher a dor.

Podemos estar acolhendo, em verdade, um fato doloroso ou muitos fatos dolorosos da nossa vida, no sentido de dizermos: sim, isto aconteceu. E eu fui capaz de sobreviver. Eu fui capaz de dar a volta for cima.

Ou: eu não estou podendo modificar algo na minha atual circunstância de vida, que me faz sofrer, e estou tendo que aprender a conviver com o que não posso modificar. Em todos os casos, saímos de uma postura de vítima, para uma de co-responsabilidade.

Eu tenho que conviver com algo que me faz sofrer e não posso modificar. Não posso modificar o fato, a circunstância, talvez, mas posso mudar a minha atitude interior. Posso ao invés de rechaçar pessoas com as quais devo conviver, e cujos atos ou atitudes me incomodam, olhando desde outro ponto de vista.

Isto não é para criar um conformismo, uma acomodação, mas para me libertar da reação, do reativismo, que me aprisiona. Voltando à pergunta do começo: cada pessoa tem dentro de si, um cabedal de recursos interiores que usou ao longo da sua vida, para chegar até onde está, para vir a se tornar a pessoa que é.

Ou, melhor dizendo, como Paulo Freire, a pessoa que estamos sendo. Esses recursos interiores são os que vão nos dando a certeza de que nós podemos. É o giro interior: eu pude, eu posso. Não que eu possa sozinho, nunca se é sozinho. Tudo se supera em comunidade, na união com outras pessoas.