Se quem banca a imprensa é a burguesia desta são as idéias prevalentes

Se quem banca a imprensa é a burguesia desta são as idéias prevalentes
Fatos graves ocorrem, todo dia
No Brasil e no mundo, tão diversos
Que a mídia repassa ao Universo
Só reporta os que bem ela aprecia
Os demais ignora, com apatia
Os canais só atuam em corrente
Mesmo aqueles chamados concorrentes
Não hesitam cortar à revelia
Se quem banca a imprensa é a burguesia
desta são as idéias prevalentes

 

Parodiando um dito popular
Quem viver do pirão que ponho na mesa
Retribui: pela mesma cartilha reza
Assim vige a imprensa do lugar
Eis um fato, que é fácil comprovar
Quem controla a imprensa, faz a mente
Os valores burgueses pondo à frente
O exercício da crítica se esvazia
Se quem banca a imprensa é a burguesia
Desta são as idéias prevalentes 

 

Mesmo os fatos que ecoam em sua prosa
com a verdade não guardam compromisso
comentários que fazem são postiços
De prestígio legítimo não se goza
Só ingênuos avaliam a têm como formosa
SBT, Estadão são recorrentes
CNN, Record confundem mentes
Rede Globo também ao tom se alia
 Se quem banca a imprensa é a burguesia
 desta são as idéias prevalentes

 

Num Congresso de imprensa-anos oitenta
Uma fala impactou pela ousadia
Se me dessem a Globo, eu faria
As mudanças profundas, não sangrentas
Pelo alcance do público que sustenta
O sentido da fala é transparente
Indicando o controle sobre as gentes
O midiático poder bem avalia
Se quem banca a imprensa é a burguesia
Desta são as idéias prevalentes

 

Não somente nos fatos são omissos
Os canais da Imprensa Oficial
Lei os fatos com  lente especial
Cada fato envergam qual caniço
Invertendo o sentido, ao falar nisso
Manipulam os ingênuos sutilmente
A cabeça fazendo desta gente
Estratégia vulpina Que arrepia
Se quem banca a imprensa é a burguesia
Desta são as idéias prevalentes

 

Recomendo visita a outros tantos
TVT,  247 e outros mais
Tese Onze, boitempo são colossais
Breno Altmann, Jonas, eu garanto
Zé Reinaldo também nos traz Encanto
Movimentos do campo fazem a gente
Nos animam os urbanos, igualmente
A vencer pandemônio e pandemia
Se quem banca a imprensa é a burguesia
Desta são as idéias prevalentes

 

Mas, nem tudo anda mal, em nossa imprensa
No que prende-se ao trabalho na covid
Justo mérito com a Globo se divide
O governo, porém, tem culpa imensa
Genocídio a imputar-lhe até se pensa
Da saúde o ministro, incompetente
Cloroquina prescreve a toda a gente
Com política nociva e arredia
Se quem banca a imprensa é a burguesia
Desta são as idéias prevalente

 

Quais os passos matreiros preferidos
No tocante a estratégias geopolíticas?
Às potências centrais evita as críticas
Contra força adversa forja ruídos
Nos conflitos com a China assim tem sido
Contra Rússia estratégia é recorrente
Reproduz “fake news” constantemente
Ao bom senso mais óbvio renúncia
Se quem banca a imprensa é a burguesia
Desta são as idéias prevalentes

 

No desmonte operado no Brasil
Desde a PEC do tal teto dos gastos
Os estragos se dão sempre mais vastos
Arruínam o Trabalho plano-vil!
Desemprego aumentando em escala mil
Resta emprego precário, intermitente
A barbárie sufoca, o povo sente
Ao setor mais atroz mídia se alia
Se quem banca a imprensa é a burguesia
Desta são as ideias prevalentes

 

Vem o novo desmonte, e foca a lente
A imprensa apoiou mais um malfeito
E punindo o povão já tão sujeito
Guedes-Maia, apoia indiferente
Diferença entre os dois nenhuma sente
Mais tributos injustos, indecentes
A mentira de novo toma a frente
À aliança perversa se associa
Se quem banca a imprensa é a burguesia 
Desta são as idéias prevalentes

 

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