Revista Veja ridiculariza somente o governo pela autorização do uso religioso do Santo Daime?

Fonte: www.reticencias.com.brComo o povo já dizia: Quem não tem o que dizer, fala o que não deve.

Vejam na prática em nota publicada pela Revista Veja de 31 de janeiro de 2010 ao qual passo a trancrever:

“LIBERADO oficialmente pelo governo brasileiro o consumo do santo daime, o chá lisérgico que faz a cabeça do pessoal da nova era com a promessa de abrir a seus seguidores as portas do autoconhecimento. O daime causa alucinações pesadíssimas, provocadas pela dimetiltriptamina, substância presente no cipó da ayauasca, planta que serve de base ao daime e é venerada por seus entuasiastas. O governo diz que autorizou o pessoal a ficar viajandão para respeitar a liberdade religiosa. Cabe a pergunta: se alguém criasse uma religião batizada, digamos, Santo Pirlimpimpim, baseada em aspirações mágicas da cocaína, o Planalto também oficializaria o consumo?” (página 41)

Não seria para menos que as Igrejas do Santo Daime ficaram indignadas com tamanha agressividade e falta de respeito ao seu culto sagrado.

E como em assunto de política, futebol e religião não se brinca, a liberdade de expressão tem os seus limites. Tanto é que quem se sente ofendido, tem o direito de resposta e, se for o caso, indenização, na proporção da infâmia.

Não só faltou sensibilidade: patente ausência de critério por parte dos próprios editores da revista, por deixarem publicar tamanho absurdo, ou vão por a culpa no estagiário? Nem vou falar em ética…

A Ayahuasca, bebida secularmente consumida em rituais sagrados, pertence à cultura ameríndia e é conhecida no Brasil pelo seu uso em igrejas do Santo Daime e União do Vegetal e que possui propriedades enteógenas – e não alucinógenas, como erroneamente foi divulgado.

O problema consiste no preconceito causado pela ignorância sobre o tema.

Em 1987, a Resolução nº 06, do CONFEN (Conselho Federal de Entorpecentes) excluiu a bebida e as espécies vegetais que a compõem das listas da Divisão de Medicamentos (DIMED).

Em 1991 o CONFEN foi incumbido de realizar estudos sobre o contexto de produção e consumo do chá. A conclusão do estudo, de autoria de Domingos Bernardo da Silva Sá, indicou que não havia razões para alterar a conclusão de 1987, que havia liberado o uso da substância para fins religiosos. Este estudo foi aprovado por unanimidade na 5ª Reunião Ordinária do CONFEN de 02/06/92.

Em março de 2004, o CONAD solicitou à Câmara de Assessoramento Técnico Científico a elaboração de novo estudo e parecer a respeito dos diversos aspectos do uso da Ayahuasca. Após uma análise da situação, o CONAD editou a Resolução nº 5 que criou, em novembro de 2004, o Grupo Multidisciplinar de Trabalho (GMT/CONAD), incluindo a participação de representantes das várias linhas ayuhasqueiras na realização do estudo.

Uma das mais antigas igrejas do Santo Daime, a ICEFLU (Igreja do Culto Eclético da Fluente Luz Universal), participou do processo representada por seu diretor Alex Polari.

O relatório e o parecer final do grupo foi apresentado ao Ministro de Segurança Institucional, Gal. Armando Félix, em novembro de 2006 e aprovado no Plenário do CONAD no dia 6 de dezembro do mesmo ano. Segundo Alex Polari, “foi um trabalho intenso, por vezes difícil, onde foi alcançado patamar irreversível no que diz respeito a regulamentação do nosso sacramento no Brasil” (fonte: site do ICEFLU).

A Resolução nº 1/2010, a mesma atacada pela Revista Veja, foi editada em janeiro, e trata de tornar público este relatório a todos os órgãos oficiais e reforçar a necessidade de cadastrar as entidades que utilizam a bebida, com o objetivo de definir aspectos jurídicos e legais para regulamentação do uso religioso e amparo ao direito à liberdade de culto.

A resolução recomenda também a realização de pesquisas cientificas abrangendo as seguintes áreas: farmacologia, bioquímica, clínica, psicologia, antropologia e sociologia, incentivando a multidisciplinaridade no estudo das plantas que compõem o Santo Daime.

As marcas do preconceito: Além dos fins técnicos, o objetivo da publicação da resolução é também o de evitar que os órgãos públicos sejam preconceituosos com as igrejas que tem a ayahuasca como sacramento, devido à ignorância geral sobre o tema.

Assim como a ICEFLUS, concordo com nota oficial do Instituto CEFLURIS, ao qual repudia a referida nota publicada pela Revista Veja. Em poucas palavras, a Revista Veja ofendeu os órgãos públicos (CONAD, DIMED, MS), que desde 1987 estiveram engajados em estudos e debates, até chegarem à conclusão atual.

Ainda, ofende os autores de artigos científicos do mundo inteiro, que se empenharam em pesquisas para diferenciar o alucinógeno de enteógeno. Sem falar a OMS (Organização Mundial da Saúde), que reconhece o uso religioso da ayahuasca como livre das restrições do controle dos acordos internacionais, dos quais o Brasil é signatário. Uma decisão alicerçada no direito das populações tradicionais manterem sua cultura e suas plantas sagradas.

Por fim, fazendo uso das palavras do Instituto CEFLURIS, ofende as nações indígenas, que muito antes da Revista Veja sonhar em existir, veneravam estas plantas no Brasil e aprenderam com elas a amar e preservar a floresta.

O compromisso de um veículo informativo é o de reportar os fatos com o máximo de imparcialidade possível.

Aos leitores, faço um apelo: tenham mais critério ao comprar estes tipos de revista, pois pelo visto, não há critério algum na edição.

E Revista Veja, aqui vai a dica: se ainda tiverem a pretensão de serem formadores de opinião, pesquisem antes sobre qualquer assunto antes de falar sobre o que não sabe. O nome disto é ignorância.

Viva a diversidade! Viva o respeito! Viva o amor!

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Sobre a autora
Caroline Barros é Bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense, advogada tributarista e livre pesquisadora em direito e sociologia. Contato: mmecarol@gmail.com ; www.twitter.com/mmecarol

26 comentários sobre “Revista Veja ridiculariza somente o governo pela autorização do uso religioso do Santo Daime?”

  1. Pepepepera aí… E a coca? Não é por acaso também usada milenarmente pelos índios? Uns índios são mais iguais que os outros, é isso que você quer dizer?

    1. Oi André,

      Seja bem vindo!
      A questão é que estudos já comprovaram que a mistura das plantas chacrona com o cipó jagube, que é como é feito o chá, não causa dependência, nas concentrações utilizadas nos rituais. Por isto foi liberado apenas para uso religioso, ao contrário da cocaína, que está mais do que comprovado que causa dependencia química e danos a saúde, e por isto é proibido o seu consumo.
      A Ahayuasca ainda não é totalmente liberada no mundo inteiro, inclusive há verdadeiras “santas inquisições” na europa, na França, ao qual as igrejas do santo daime batalham pela legalização do uso da mesma nos rituais. Por ora, seguem bailando sem a comunhão do santo daime.
      Aqui no Brasil, a ahayuasca é utilizada nas igrejas do santo daime e na União do Vegetal.
      Vamos ver como seguirá este processo de cadastramento das entidades. Vai ser muito bom, principalmente porque há muitas falsas igrejas do Daime, que inclusive utilizam maconha e cocaína nos rituais (verdadeiro parquinho de diversão para viciados/drogados).
      O problema mesmo foi a Veja ter utilizado seu espaço nobre para “chacotar” uma religião. Comparando, é como se eles estivessem aplaudindo um bispo da igreja universal chutando a imagem da nossa senhora aparecida…

  2. Alguns profissionais dessa máfia que se convencionou chamar de “grande mídia” precisam tomar mais do que umas aulinhas de jornalismo e ética, como também um belo processo por infâmia, difamação e danos morais.
    A nota da Veja e a matéria da IstoÉ são absurdamente preconceituosas, desinformativas, rasas e sem critério, sem contar que são extremamente desrespeitosas com a cultura milenar de diversos povos indígenas, com o bom senso e seriedade do Conad e do Governo Federal, e com uma crescente camada da população que aderiu a alguma dessas religiões e tem o direito de ser respeitada dentro de suas crenças e escolhas (partindo, claro, do princípio de que elas não subvertem a lei e não desagregam as estruturas psíquicas e sociais do indivíduo).
    Só o erro grotesco de afirmar que a ayahuasca foi “liberada” pelo Governo Federal já mostra que os redatores da Veja e da IstoÉ são uns tremendos analfabetos funcionais e não entenderam bulhufas do documento de normatização divulgado em janeiro. O uso ritual da ayahuasca é legalmente assegurado há mais de 25 anos no Brasil, e não foi liberado somente com base no fato de que faz parte da cultura milenar indígena, mas foi fruto de uma investigação profunda realizada por psicólogos, antropólogos, farmacologistas e até MILITARES (veja bem, vcs conseguem imaginar alguém mais conservador e reticente que um militar para avaliar um assunto desses?) , que na década de 80 se embrenharam na mata num verdadeiro mergulho etnológico para ver como vivia o povo de uma das primeiras comunidades “não-indígenas” que fizeram uso da ayahuasca num contexto religioso sincrético. O que eles viram foi um grupo extremamente socialmente coeso, respeitoso às leis do país, pacíficos, e ambientalmente corretos. Hoje, aqui nas grandes metrópoles, qualquer um que visite uma igreja do Santo Daime ou um centro da UDV (que é totalmente diferente dos centros daimistas, ao contrário do que o burro da IstoÉ colocou em sua infeliz matéria) sérios, vai se deparar com uma maioria esmagadora de indivíduos cumpridores de seus deveres civis e cidadãos, e psicologicamente saudáveis. Eventualmente também encontrará pessoas que se livraram de vícios e dependências químicas depois que passaram a consagrar religiosamente esse sacramento.
    A liberdade da ayahuasca não se trata de achismo, e está muito além da liberdade religiosa (o que por si só já é um argumento relevante), se forem devidamente considerados os fatos irrefutáveis verificados por qualquer pessoa que se disponha a analisar o tema de forma científica e verdadeiramente imparcial.
    Ah, e comentando o comentário (rs) do André sobre coca e índios mais iguais que os outros – A cocaína está tão distante da coca quanto um vinho ordinário da uva. A utilização da coca por grupos indígenas tem um efeito diametralmente oposto ao da cocaína – enquanto a droga refinada desconstrói completamente as bases do indivíduo, a folha da coca utilizada pelos índios reforça suas bases de participação na vida da tribo, de suas obrigações enquanto mantenedor de uma família e suas responsabilidades junto ao grupo. Existe um artigo super esclarecedor sobre o tema, chamado “Mambear coca não é pintar a boca de verde”, do pesquisador Juan Echeverri, recomendo a leitura para esclarecimentos sobre o tema, é bem interessante. Não é questão de que índios são mais iguais que outros, mas que, embora se utilize a coca como base para a cocaína, essa droga pavorosa não guarda absolutamente nenhuma semelhança com o uso tradicional da planta, e ainda por cima é processada quimicamente de uma forma grotesca, tornando-a extremamente tóxica e perigosa, o que não é o caso da ayahuasca, que nos locais verdadeiramente sérios é consagrada in-natura sem misturas, sem processos pseudo-industriais, sem oferecer riscos à saúde se for devidamente administrada a pessoas que não façam uso de medicamentos incompatíveis (todas as igrejas devem ter uma lista desses medicamentos, e antes de ministrar o Daime ou Vegetal a uma pessoa pela primeira vez, devem fazer uma entrevista com ela, para saber seu histórico psicológico e farmacêutico, se certificando que a pessoa não toma remédios que possam restringir o uso).

  3. Olá Angela,

    Agradeço tanto a Revista Veja, quanto a Revista Istoé, por ter posto o assunto em mídia, mesmo com tantas abobrinhas, porque nos permitiu informar, orientar, transparecer o que de fato é a ayahuasca.

    Também devo agradecer por ter conhecido tantas pessoas bem informadas, que nem fazem uso do “vinho das almas”, e que souberam ser mais profundos e verdadeiros do que estes folhetins.

    Agradeço também pela sua forma elegante e precisa de escrever. Foi muito significativo.

    E vamos continuar com esta campanha até que a Revista Veja e a Istoé se retrate.

  4. Pode não causar dependência física, mas certamente causa dependência psíquica, como qualquer cousa que dê “barato”.

    Quanto às matérias serem desrespeitosas com as culturas milenares dos povos indígenas, well, a droga pode até ser usada há muito tempo[1], mas o Santo Daime é de 1930.

    Há uma religião chamada Igreja Copta Etíope de Sião, fundada em 1970 na jamaica, que usa a maconha como sacramento: ora, se eu desrespeito essa religião, por acaso estou desrespeitando a religião Hindu, que usa maconha desde dois milênios a.C.?[2]

    1. A palavra milenar aqui foi usada desonestamente, porque grande parte dos povos da América (e nisso incluem-se todos os índios brasileiros) antes da chegada de Colombo estavam na pré-história: isso em sentido estrito, não temos registros escritos desses povos.

    2. Ou seja, uma tradição de pelo menos quatro mil anos, atestados por documentos!

  5. André,

    Pelo o que eu sei, o Daime não dá barato como você está falando, e já está mais do que comprovado cientificamente. Dependência psíquica você pode ter por qualquer coisa, por pessoas, por hábito, até mesmo por internet…rs

    E as pessoas que estão em uma busca espiritual, não estão indo pelo “barato” e sim para abrirem sua percepção. Tanto é que quem vai com esta busca de “barato” não vai encontrar naquele espaço.

    E justamente por existirem estas pessoas, que o CONAD teve todo o cuidado de ajustar parâmetros para o uso e controle do uso nas igrejas. O que é louvável! Assim como se a maconha um dia foi autorizada seu uso no Brasil para fins religiosos, ou quaisquer outros fins benéficos, que haja um controle a nível sanitário.

    Completando o que a Ângela disse, além de haver esta anamnese para os iniciantes, a fim de entender o que leva a pessoa àquele lugar e orientar sobre o trabalho, é assinado um termo pelo iniciante ao qual se responsabiliza em tomar ciência da interação do sacramento com outras substâncias e estado de doença psíquica/física que poderia comprometer o trabalho.

    Quanto a maconha, ela poderia ser utilizada em outros tipos de rituais, desde que o Estado, reconheça o não prejuízo do indivíduo em sua utilização. Talvez não haja tantas entidades religiosas no Brasil que consagram a maconha em seus ritos suficientes para que haja a mesma discussão. Até porque, se nossa constituição não veda a reunião de pessoas para fins religiosos e se estas pessoas consagram algo que é proibido, como a Maconha, estas devem seguir os mesmos passos que a comunidade do Santo Daime/UDV/Barquinha seguiram, até chegar a atual concordância.

    E o pirlimpimpim sugerido na nota da Revista Veja é de longe a mesma coca utilizada pelos ameríndios. É cocaína da braba, misturada com outras substâncias tóxicas, com altos níveis sócio-destrutivos.

  6. Embora não existam registros escritos quanto ao começo da utilização da ayahuasca, sabe-se que seu uso é milenar da mesma forma que se sabe o mínimo sobre os povos pré-históricos – reconstituindo as peças dos quebra-cabeças sobre como os grupos humanos têm vivido sobre esse planeta. Bem, tentando resumir de forma muito superficial: o refinamento da “descoberta” da mistura que constitui a ayahuasca justifica que ela não é tão antiga quanto o homem no continente, mas revela que a mesma data de um tempo em que esses povos ainda estavam patinando na metodologia de tentativa e erro para descobrir o que é e o que não é comível/aproveitável entre MILHARES de espécies vegetais disponíveis num dos ecossistemas mais diversificados do mundo (será que posso dizer, de forma genérica, que existem milhares de espécies vegetais na Amazônia, ou vou ser xingada de desonesta de novo? Uma pessoa que parece tão ciosa do uso preciso das palavras deveria tomar mais cuidado antes de chamar alguém que nem conhece de desonesta). O trânsito dessa descoberta por uma área de MILHARES de quilômetros (ops, outra desonestidade) num território com uma razoável/intensa dificuldade de transposição até que a mesma se consolidasse na tradição e até na cosmologia de mais de 70 povos diferentes, sendo que uma significativa parte deles sequer fazem parte do mesmo tronco linguístico. É um processo de apropriação e disseminação cultural muito delicado e gradual, de proporção milenar. Sem contar que cada etnia tem um mito próprio para o surgimento da ayahuasca, e embora alguns tenham histórias muito parecidas, com poucas diferenças de detalhes, a maioria apresenta mitos completamente diferentes. Esses mitos não surgem do dia para a noite, eles são engendrados dentro de um quadro espaço-temporal muito específico, cujas nuances gerais podem ser conhecidas por meio de um estudo dos elementos que compõem partes dessas narrativas. Dessa forma, sabe-se, por exemplo, que um mito é anterior ou posterior à época que determinado grupo dominou a técnica de fazer um tipo “x” de cerâmica e por aí vai. Muitas das narrativas míticas registradas da cultura oral desses povos dão indícios de que uso da ayahuasca é milenar, assim como muitas outras mostram que, em outros grupos, o uso tem “apenas”alguns séculos. Mas tudo bem, como não está escrito no Grande Livro da Verdade que no ano da graça de 2.367 a.C o pajé X descobriu que misturando o cipó Y com a folha W e mais tantos litros de água obteria uma bebida que poderia ser utilizada para fins específicos tais, eu me retrato – ninguém sabe há quantos anos a ayahuasca bem sendo utilizada pelos povos nativos. Mesmo assim, é tempo e conhecimento suficientes para que sejam tratadas com mais respeito sim.
    E se o Santo Daime, a UDV ou qualquer das religiões novas e não indígenas que fazem uso desse sacramento são atacadas justamente por conta do sacramento, me parece que o desmérito é contra o sacramento, e portanto, quem quer que o considere sagrado acaba sendo afetado.
    Eu vou ser absolutamente sincera – nunca tinha ouvido falar na Igreja Copta Etíope de Sião, mas seja lá o que for que ela pregue (desde que não seja a morte ao infiel), ela tem tanto direito de existir quanto o Hinduísmo. E se alguém se sente no direito de desrespeitar ela por consagrar cannabis, mas acha que o uso de cannabis no hinduísmo não tem problema, esse alguém tem uma lógica que eu não alcanço, me desculpe. E se alguém acha que pode desrespeitar uma por algo que ela tem em comum com a outra, sem ser pejorativo a ambas, a lógica é mais distante do meu raciocínio ainda. Mas eu prefiro achar que a burra sou eu, ao invés de levianamente seguir meu impulso primário de chamar essa pessoa de preconceituosa e dona de uma inteligência perversa e distorcida, porque eu não gosto de ofender pessoas que eu não conheço, a menos que a pessoa em questão seja repórter da Veja ou da IstoÉ.
    Na PAZ!
    =)

  7. Bom, eu não tenho nada contra a Igreja Copta Etíope de Sião, mas acho engraçado que eles e os outros rastafari considerem que o imperador etíope Haile Selassie I seja uma reencarnação de Cristo: isso é engraçado porque o próprio Haile Selassie nunca declarou tal coisa, e sempre foi um fiel da Igreja Etíope, essa, sim, uma igreja milenar, embora sua cristologia me pareça herege.

  8. Não custa lembrar, pegando o gancho, que a única nação africana que conseguiu resistir com sucesso ao imperialismo foi uma nação cristã, a Etiópia. E que só esteja na desgraça que está hoje graças à esquerda. (O honorável imperador Haile Selassie I foi assassinado por revolucionários comunistas.)

  9. Só para lembrar o Andre, chá de coca não é proibido. Inclusive já comprei em supermercados aqui no Brasil (ele é diurético). A droga criada pelo preparo do pó de coca que é proibida.

  10. Ayhuasca não vicia. Já cigarro, álcool e outras drogas o são, mesmo não proibidas. Remédios(muitas são drogas) são vendidos como água em farmácias e fora dela. Não há controle sobre essas drogas.

  11. Aos Daimistas,
    Gostaria de pedir mais paciencia com OS desinformados que têm opinião tanto própria quanto aqueles que tem opinôes formadas a partir de coisas que ouvem pelos outros, pois tenho 36 anos e garanto que pelo menos 30 anos da minha vida foi vivida dentro da ignorancia humana, vivia só com meu nariz, e como alguem que só enxerga o próprio nariz, se alguem viesse me falar sobre um chá que nos desse alguma ligação com o “Divino, eu com certeza o ridicularizaria, pois cá pra nóis, não é fácil acreditar numa coisa dessas ne?
    Mas como todo ser ignorante, houve fase na minha vida que eu me achei brilhante, tive belas namoradas, os amigos eram sempre os mais da “hora”, carros encrementados, noites em boates entre bebedeira e mulherada, roupas da moda e mais um monte de coisa que com certeza pra muita gente isso ainda é um sonho de consumo, eu ia na igreja aos domingos, e me mostrava como alguem apto aos propósito de Deus pois nunca parava pra reparar nas coisas que eu fazia quando não estava ouvindo os Padres ou os Pastores, pois estive em várias religiões, mas na verdade era mais uma questão de ficar bem visto pela sociedade, pois eu ouvia e achava bonito mais fazer as coisa certas quando saia de lá já era uma outra conversa, fui acordar mesmo somente depois que me envolvi com drogas, bebidas,festas badaladas, mais mulheres sendo que estava noivo, mais namorava mais por fora do que com ela,eu estava sem freio e do início ao meio pra mim tava tudo bonito,mais depois fui percebendo que estava cada vez mais aprofundado no meu ego fantasioso, pois comecei a usar drogas,beber e trair praticamente todos os dias, então começou meu sofrimento, por mais que eu tentasse e falasse que queria mudar a coisa ficava era pior, fui enforcado pela grande corda que Deus me deu, pois conselho e opinião boa eu nunca quis, pois segundo eu, eu sabia o que era bom pra mim, então fiquei desempregado pela primeira vez e o drama aumentou, pois viciado em pó. pedra, maconha, bebida, mulher e burrisse e ainda desempregado, achei que ia ficar louco, mas ai veio o mais interessante em uma noite que estava fissurado para usar drogas, enganei minha mãe pedindo a ela 20,00 dizendo que era pra pegar onibus para procurar serviço, mas era só pra comprar droga mesmo (pedra), comprei duas pedras, fumei escondido atrás do muro de minha casa, e foi a pior viagem pois assim que acabei de fumar me veio uma grande dor de consciencia, pois menti para minha mãe tirando o pouco dinheiro que ela tinha para sustentar meu vício, chorei de vergonha e desesperado rezei pela primeira vez com o coração, pedindo a Deus que me mostrasse um caminho para mim seguir e que me livrasse daquela situação monstruosa que eu me encontrava, no outro dia meu telefone tocou fui atender, era uma antiga colega de trabalho e me disse que seu marido tinha começado um negócio novo e que precisava de uma pessoa de confiança para administrar o escritório,”aceitei sem perguntas”, logo de cara o novo patrão sem me conhecer direito começou a me contar dos problemas que ele teve com drogas e que tinha recebido ajuda de Deus e por isso hoje ele conseguia abrir aquele novo negócio pois tinha perdido quade tudo, só não ficou sem a mulher porque essa gostava dele de verdade, mas tb foi por pouco, fiquei curioso com essa “AJUDA DE DEUS”, mas não quis entrar no assunto pois fiquei com medo que ele descobrisse que eu era viciado e me mandasse embora, no entanto alguns poucos dias depois ele me convidou para conhecer de onde veio a ajuda que o livrou de seu sofremento, e eu sem pensar duas vezes falei: – topo, onde que é?
    pois tava aceitando qualquer ajudar que viesse pra me livrar das minhas trevas. (o desesperado perde o orgulho, baixa a crista e se humilha,pode crer com todo mundo é assim)foi então que ele me disse: Conhece o Santo Daime?
    Respondi:
    _Já ouvi falar
    ( na verdade só cretiquei quando via na televisão,´pra mim era como este outros que escreveram aqui no site “coisa de gente louca e drogada”.)
    Mas como eu tava apertado e vendo aquele sujeito de boa conversa e totalmente rejenerado de qualquer vício e melhor, sem aquela falação de gente fanática, então resolvi conhecer e descobrir do que realmente se tratava o chá do santo daime,e foi só “aquele puxão de orelha”,descobri o quanto era sujo e incosequente, arrogante,imprudente, orgulhoso,infiel, irresponsável,metido a sabe tudo e mais um monte de coisa que só Deus sabia porque pros outros eu me mascarava, descobri até que de certa forma valeu a pena passar por toda aquela porcaria de vida que eu tinha passado, pois hoje eu acredito e dou valor de verdade ao meu sr. Deus, pois se não fosse desta forma mesmo que eu estivesse por ai sem usar drogas, sem beber, sem nenhum sofrimento eu só acreditasse em Deus daquela forma em que a maioria das pessoas que se dizem CRISTÃNS acreditam ou seja “NO FUNDO NO FUNDO BEM SUPERFICIAL” , no entanto galera não adianta discutir pois não é fácil, portanto aproveitemos o que temos e demos graças ao Pai por ter sofrido e ter aprendido, ja os que se dizem sabidos e fervorosos e que não precisam e não aceitam conselho e opinião nenhuma fica por conta deles do mesmo jeito que fiquei por minha conta.
    Então Paz pra todos e bola pra frente porque fazendo direito o pau já quebra e imagina se ficar brigando por causa de Deus,ai o pau quebra dobrado!

  12. Tenho algumas considerações a fazer sobre o desrespeito a pessoas de bem.
    Com certeza devemos dar opiniões sobre o que temos conhecimento de causa. O que não está acontecendo, tanto por boa parte da mídia, como por pessoas desinformadas que falam pelos cotovelos e ainda acham bonito serem preconceituosas. Vivemos num mundo cheio de diferenças e todos temos a possibilidade de termos problemas, como drogas, dentro de casa. Então devemos tomar muito cuidado quando chamamos alguém de drogado, maconheiro, etc…e muito menos atacar grupos de cidadãos dessa maneira.
    O que posso dizer é que antes de qualquer atitude preconceituosa, procuremos nos informar e ter conhecimento sobre o que queremos falar ou criticar. Pois na maioria das vezes que fazemos uma crítica preconceituosa, sem termos conhecimento do que estamos falando, podemos estar falando de pessoas muito próximas e até de pessoas que residem dentro da nossa própria casa. Então olhemos antes pro nosso próprio “umbigo”, pois sem ter consciência podemos estar atacando nossa própria família e amigos.
    Para as pessoas preconceituosas por excelência eu desejo luz, paz, amor e conhecimento para saber o que falam e sobre o que estão falando, sem ferir ninguém que não mereça.

  13. Ao amigo Ernesto Nascente
    Ai é que tá o problema, tentar explicar alguma coisa últil a alguem que fala pelos cotovelos parece ser mais difícil que mover montanhas, pois todo mundo mete o pau nos outros mesmo sabendo que podem estar falando de alguma pessoa que ama ou até de si num futuro proximo, pois ninguem conhece as armadilhas do amanhã, eu as vazes lembro de minhas opiniões e falações antes de conhecer o daime e na mesma hora sinto um certo desconforto (vergonha), pois tinha este mesmo comportamento, mas olho pra frente e já sinto um orgulhozinho que é de ter tido coragem de encarar e tomar o daime ( o que não é pra qualquer um) o que graças a Deus pra muitos é palhaçado, pra mim foi uma benção.
    E tem outra, no próprio daime, aprendi a respeitar opiniões de outras pessoas principalmente sobre religião, entendendo que qualquer religião pode ajudar no que chamamos “SALVAÇÃO” mas que a única coisa que atrapalha é nosso “ego”, quando estamos num seguimento muitas vezes por nossa conta ou por conta de ensinamento de algum lider colacamos na cabeça que nada dos outros presta e o que serve é somente o que nós sabemos e defendemos isto com mais guerra do que amor, dai começa as grandes dezavenssas, guerras e brigas que ironicamente fazemos até mesmo em nome de Deus.
    Abraços, fique na paz do nosso Mestre Universal

  14. ao Juliano e aos outros que, como eu, amam a Santa Doutrina, eu queria dizer que concordo que devemos nos excluir que continuar batendo boca com quem não quer ou não pode ouvir. Seguir nosso caminho, amando e respeitando, isso sim vai nos levar ao desenvolvimento que buscamos.

  15. Olá Mariza,

    Obrigada pelo link.Tirando o título (que achei meio agressivo), já conhecia o manifesto do ilustrissimo deputado acreano.
    Agora é isto aí, vamos manter a serenidade, para vencer na simplicidade.
    Forte Abraço

  16. Eu acho que esse povo que fala mau da Doutrina ta falando sem saber ou ter conhecimento algum.
    Ja consagrei varias vezes e em momento algum tive alucinação ou vi coisas do outro mundo.
    Somente me deixou mais reflexivo pensativo comigo mesmo, analisando as coisas que eu fazia ou poderia fazer para melhorar minha vida, meu nervosismo, minha paciencia entre outras coisas. É claro que tinha pessoas que passavam mau mas nada de outro mundo….é oque chamamos de limpeza. comigo nunca aconteceu isso também.
    Nunca se deve comparar a Doutrina do Santo Daime com a cocaina, maconha, lsd, extase entre outras drogas, pois isso é um desrespeito a religião.
    Ja usei todas essas drogas e graças a Doutrina e minha fé mudei muito minha vida.
    Para finalizar só quero deixar claro que quem tiver a oportunidade de conhecer a Doutrina não deve deixar passar, desde que seja com uma pessoa com conhecimento suficiente para poder dar o auxilio correto.
    Abraço a todos e fiquem com Deus!!!

  17. imagina agora que se questionou o uso religiosa da cannabis, hehehe.
    Se for pra depender desse tipo de opinião a gente nunca sai da ditadura.Cade a liberdade individual das pessoas , tem gente controlando demais a vida das outras.

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