
Hoje acordei pensando em uma frase que é atribuída a Osho (Bhagwan Shree Rajneesh). Teria ele dito, ao ser perguntado acerca de quem fora o seu mestre, que cada pessoa que encontrou na vida, fora seu mestre. Hoje de manhã esta frase soou muito oportuna, pois estava pensando que necessito ser mais flexível, deixar a vida acontecer, deixar a vida me levar, como a água, que contorna as dificuldades, ao invés de se defrontar com os obstáculos de frente. Pensava que muitas vezes podemos ganhar mais fluência no viver, se nos deixamos levar pela vida, ao invés de fazer força numa ou noutra direção. Algumas atitudes automáticas enraizadas, perdem força desta maneira, e é como se o nosso existir ganhasse oxigênio. Não sei se isto ocorre com vocês, mas me parece que sempre algumas das nossas reações automáticas, sejam no pensar, no sentir ou no agir, são simplesmente hábitos cristalizados, que nada nos trazem de benéfico. Afrouxar esses automatismos, deixar a vida acontecer, pode ser uma forma de irmos ganhando mais flexibilidade, mais fluência. Uma espécie de paz, uma leveza, podem então vir a fazer parte da nossa vida. Coincidentemente, no final do dia, uma frase do Evangelho de Marcos, veio me chamar a atenção, sobre o fato de que cada dia tem o seu próprio afã. Não se preocupar com o amanha. Confiar.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/