Por Cristiane Santos
Na semana em que ocorreu a Jornada Mundial da Juventude, manifestantes saíram às ruas de Copacabana no dia 27/7 para participar da Marcha das Vadias. Eles se mobilizaram para lutar pelos direitos das mulheres, como a legalização do aborto, o fim da violência sexual e doméstica, a liberdade de decidir o que fazer com próprio corpo, o fim do preconceito contra homossexuais.
No meio do caminho da Marcha, porém, tinha um problema. Um grupo de artistas decidiu fazer uma encenação na qual acontecia a quebra da imagem de uma santa e referências a atos sexuais. O movimento Marcha das Vadias Rio de Janeiro lamentou a ação. Membros da Igreja Católica acreditam que as pessoas devam recorrer à sua consciência e tomar suas próprias decisões.
“A Marcha das Vadias teve origem em Toronto, no Canadá, em resposta a um policial que orientou estudantes a não se vestirem como vadias para não serem estupradas”, explica a jornalista Camila Marins, uma das participantes da marcha. Ela considera esse movimento fundamental para denunciar e combater a violência contra a mulher.
“No Rio, em 2012, a cada dia foram registrados pelo menos 13 casos de mulheres e meninas estupradas sem contar as que são mortas. Dar visibilidade é essencial para que a violência contra a mulher seja combatida”, ressalta Camila.