Precisamos nos reencantar com o nosso próprio sonho

O silêncio da imprensa venal acerca das manifestações contrárias ao atual ocupante do poder executivo brasileiro, ocorridas no Brasil e no mundo no dia de ontem, não é de estranhar.

Foi essa mesma mídia que contribuiu para a escalada de violência que levou à máxima posição eletiva no país, um elemento totalmente avesso à vida.

Os tempos mudam. As pessoas estão atentas. O atual estado de coisas não vai perdurar indefinidamente.

Um dia a democracia volta, e toda essa massa de semi-humanos e semi-humanas apoiadora do nazifascismo, deverão prestar contas.

Um dia a justiça poderá e deverá voltar a ser um resguardo da legalidade e da ordem social. O que mais chama a atenção, porém, não é que a mídia venal cale quando se trata das mobilizações em prol da vacina, da comida em todas as mesas.

O que realmente admira e revolta é que a chamada imprensa de oposição visibilize mais os atos anômalos e cruéis da atual “gestão” governamental federal, do que os movimentos e atos do setor democrático e popular.

É absurdo ver que esses sites ditos progressistas mais divulgam as atrocidades do regime ilegal, ilegítimo e inconstitucional, do que propriamente as ideias e valores do setor que dizem representar.

Este é um velho vício ainda não superado, de quem diz estar a favor de uma nova ordem de coisas, e no entanto apenas visibiliza as ações do inimigo.

A história mostra que a mera reação apenas potencializa o inimigo. O inimigo vive da reação. Precisamos fazer o contrário: valorizar e potenciar a criação, a construção, a ação solidária e comunitária, a educação libertadora, a arte em todas as suas modalidades.

Não se constrói um novo estado de coisas apenas criticando. Necessitamos nos reencantar com o nosso próprio sonho.

Que a morte não nos encontre numa atitude apenas defensiva. A fé se prova com obras. Alimentar a utopia de uma sociedade inclusiva e igualitária não é um delito, como o atual regime trata de implantar nas nossas cabeças. Não podemos ceder o espaço interno ao inimigo.

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