Podemos conversar? A "indústria da paz" do Oriente Médio

Ao descobrirem que sou palestino, muitas pessoas que encontro na universidade aqui nos Estados Unidos ficam ansiosas por informar-me de várias atividades em que têm participado a fim de promover “coexistência” e “diálogo” entre ambos os lados do “conflito”, sem dúvida à espera de um aceno de aprovação da minha parte. Contudo, estes esforços são danosos e minam o apelo da sociedade civil palestina em favor do boicote, desinvestimento e sanções a Israel – o único meio de pressionar Israel a cessar as suas violações dos direitos dos palestinos.

By Latuff 2009
Latuff 2009

Quando eu frequentava o secundário, em Ramalá, uma das iniciativas “pessoa-a-pessoa” mais conhecidas, a Seeds of Peace, muitas vezes visitava a minha escola, pedindo aos estudantes para aderirem ao seu programa. Quase todos os anos eles enviavam alguns dos meus colegas a um campo de Verão nos EUA com um grupo de estudantes israelenses.
Segundo o sítio web de Seeds of Peace, ensinam-lhes no campo a “desenvolver empatia, respeito e confiança bem como liderança, comunicação e aptidões de negociação – componentes críticos que facilitarão a coexistência pacífica da geração seguinte”. Eles pintam um quadro róseo e a maior parte das pessoas na universidade fica muito surpreendida ao ouvir que penso serem tais atividades equivocadas na melhor das hipóteses e imorais na pior. Por que diabos eu era contra a “coexistência”, perguntavam-me sempre.
Durante os últimos anos tem havido apelos crescentes a por um fim à opressão do povo palestino por Israel através de um movimento internacional de boicote, desinvestimento e sanções (BDS). Uma das objeções comuns ao boicote é que ele é contra-producente e que o “diálogo” e a “promoção da coexistência” são muito mais construtivos do que boicotes.
A partir do início dos acordos de Oslo, em 1993, tem havido toda uma indústria que opera no sentido de reunir israelenses e palestinos nestes grupos de “diálogo”. A finalidade declarada de tais grupos é a criação de entendimento entre “ambos os lados conflito”, a fim de “construir pontes” e “ultrapassar barreiras”. Contudo, a suposição de que tais atividades ajudarão a facilitar a paz não é não só incorrecta como realmente carente de moral.
A presunção de que o diálogo é necessário a fim de alcançar a paz ignora completamente o contexto histórico da situação na Palestina. Ela assume que ambos os lados cometeram uma quantidade mais ou menos igual de atrocidades um contra o outro e que são igualmente culpáveis pelos erros que foram cometido. É assumido que nenhum lado está completamente certo ou completamente errado, mas que ambos têm direitos legítimos que deveriam ser tratados e certos pontos mortos que devem ser ultrapassados. Portanto, ambos os lados devem ouvir o ponto de vista do “outro” a fim de promover o entendimento e a comunicação, os quais presumivelmente levariam à “coexistência” ou a “reconciliação”.
Tal abordagem é considerada “equilibrada” ou “moderada”, como se isto fosse uma coisa boa. Contudo, a realidade no terreno é imensamente diferente do que a visão “moderada” deste assim chamado “conflito”. Mesmo a palavra “conflito” é enganosa, pois ela implica uma disputa entre duas partes simétricas. A realidade não é assim; não se trata de um caso de simples falta de entendimento ou de ódio mútuo que se atravessa no caminho da paz. O contexto da situação em Israel/Palestina é de colonialismo, apartheid e racismo, uma situação na qual há um opressor e um oprimido, um colonizador e um colonizado.
Esforços para estabelecer "diálogo" enquanto Israel continua a oprimir os palestinos apenas minam o chamado pelo boicote. (Attempts to establish "dialogue" while Israel continues to oppress Palestinians only undermine the call for boycott / ActiveStills)
Em casos de colonialismo e apartheid, a história mostra que regimes coloniais não abandonam o poder sem luta e resistência popular, ou pressão internacional direta. É uma visão particularmente ingênua assumir que a persuasão e a “conversação” convencerão um sistema opressor a renunciar ao seu poder.
O regime do apartheid na África do Sul, por exemplo, foi finalizado após anos de luta com a ajuda vital de uma campanha internacional de sanções, desinvestimentos e boicotes. Se alguém houvesse sugerido aos oprimidos sul-africanos que viviam nos bantustões a tentar e entender o ponto de vista do outro (isto é, dos partidários da supremacia branca), as pessoas teria rido de uma noção tão ridícula. Analogamente, durante a luta indiana pela emancipação do domínio colonial britânico, Mahatma Gandhi não teria sido venerado como um combatente pela justiça se houvesse renunciado à satyagraha – “ater-se firmemente à verdade”, a sua expressão para o movimento de resistência não violenta – e ao invés disso houvesse advogado em favor do diálogo com os ocupantes colonialistas britânicos a fim de entender o seu lado da história.
Entretanto, é verdade que alguns sul-africanos brancos tomaram posição de solidariedade com os negros oprimidos e participaram na luta contra o apartheid. E havia, certamente, alguns britânicos dissidentes das políticas coloniais do seu governo. Mas aqueles apoiantes posicionaram-se explicitamente ao lado dos oprimidos com o objetivo claro de acabar com a opressão, de combater as injustiças perpetradas pelos seus governos e representantes. Qualquer reunião conjunta de ambas as partes, portanto, só pode ser moralmente sã quando os cidadãos do estado opressivo posicionam-se em solidariedade aos membros do grupo oprimido, não sob a bandeira do “diálogo” com o objetivo de “entender o outro lado da história”. O diálogo só é aceitável quando efetuado a fim de entender o problema do oprimido, não no contexto de “ouvir ambos os lados”.
Entretanto, tem sido argumentado pelos proponentes palestinos destes grupos de diálogo que tais atividades podem ser utilizados como uma ferramenta – não para promover o assim chamado “entendimento” – mas para realmente ganhar israelenses para luta palestina pela justiça, persuadindo-os ou “tendo eles de reconhecer a nossa humanidade”.
Contudo, esta concepção também é ingênua. Infelizmente, a maior parte dos israelenses caiu vítima da propaganda com que o establishment sionista e os seus muitos instrumentos os alimentam desde tenra idade. Além disso, exigirá um esforço enorme e concertado contrariar esta propaganda através da persuasão. A maior dos israelenses, por exemplo, não será convencida de que o seu governo atingiu um nível de criminalidade que justifique um apelo ao boicote. Mesmo que eles sejam convencidos logicamente das brutalidades da opressão israelense, provavelmente não será o suficiente para levá-los a qualquer forma de ação.
Isto tem-se provado reiteradamente verdadeiro, o que é evidente no fracasso abjeto de tais grupos de diálogo para formarem qualquer movimento abrangente anti-ocupação desde os seus primórdios com o processo de Oslo. Na realidade, nada menos do que a pressão sustentada – não a persuasão – fará os israelenses perceberem que os direitos dos palestinos têm de ser retificados. Esta é a lógica do movimento BDS, o qual é inteiramente oposto à falsa lógica do diálogo.
Com base num relatório não publicado de 2002 do Israel/Palestine Center for Research and Information, o San Francisco Chronicle informou em outubro último que “entre 1993 e 2000 [apenas], governos e fundações ocidentais gastaram entre US$20 milhões e US$25 milhões nos grupos de diálogo”. Um ulterior inquérito em grande escala a palestinos que participaram nos grupos de diálogo revelou que esta grande despesa falhou em produzir “um único ativista da paz em qualquer dos lados”. Isto confirma a crença entre palestinos de que todo o empreendimento é um desperdício de tempo e de dinheiro.
O inquérito também revelou que os participantes palestinos não eram plenamente representativos da sua sociedade. Muitos participantes tendiam a ser “filhos ou amigos de altos responsáveis palestinos ou das elites econômicas. Apenas sete por cento dos participantes eram residentes em campos de refugiados, muito embora eles constituam 16 por cento da população palestina”. O inquérito também descobriu que 91 por cento dos participantes palestinos já não mantinham laços com os israelenses com quem se encontraram. Além disso, 93 por cento não foram abordados com atividade de campo a seguir e apenas cinco por cento concordaram em que toda a experiência ajudou a “promover paz, cultura e diálogo entre participantes”.
Apesar do inequívoco fracasso destes projetos de diálogo, continua a ser investido dinheiro neles. Como explicou Omar Barghouti, um dos membros fundados do movimento BDS na Palestina, em The Electronic Intifada, “houve demasiadas tentativas de diálogo desde 1993 … tornou-se uma indústria – chamamo-la a indústria da paz” (leia aqui).
Isto pode ser atribuído parcialmente a dois fatores. O fator dominante é o papel utilizável de tais projetos em relações públicas. O Seeds of Peace, por exemplo, jacta-se da sua legitimidade apresentando um impressionante conjunto de endossos por parte de políticos e autoridades tais como Hillary Clinton, Bill Clinton, George Mitchell, Shimon Peres, George Bush, Colin Powell e Tony Blair, dentre outros.
O segundo fator é a necessidade de certos “esquerdistas” e “liberais” israelenses sentirem como se estivessem a fazer alguma coisa admirável ao “questionarem-se”, quando na realidade eles não tomam nenhum posicionamento significativo contra os crimes que o seu governo comete em seu nome. Os políticos e os governos ocidentais continuam a financiar tais projetos, promovendo dessa forma as suas imagens como apoiantes da “coexistência”, e os “liberais” participantes israelenses podem isentar-se de qualquer culpa pela participação no nobre ato de “promover a paz”. Um relacionamento simbiótico, muito insatisfatório.
A falta de resultados de tais iniciativos não é surpreendente, pois os objetivos declarados do diálogo e grupos de “coexistência” não incluem convencer israelenses a ajudar palestinos a ganharem o respeito dos seus direitos inalienáveis. A exigência mínima de reconhecer a natureza inerentemente opressiva de Israel está ausente nestes grupos de diálogo. Ao invés disso, estas organizações operam sob a dúbia suposição de que o “conflito” é muito complexo e multifacetado, onde há “dois lados em toda história” e que cada narrativa tem certas afirmações válidas assim como dúbias.
Quando o apelo autorizado Campanha Palestina pelo Boicote Acadêmico e Cultural de Israel faz o seu caminho, quaisquer atividades conjuntas palestino-israelenses – quer sejam projeções de filmes ou campos de Verão – pode ser aceitável só quando o seu objetivo declarado for finalizar, protestar e/ou despertar a consciência quanto à opressão dos palestinos.
Qualquer israelense que procure interagir com palestinos, com o objetivo claro de solidariedade e de ajudá-los a acabar com a opressão, será saudado de braços abertos. Mas deve haver cautela, contudo, quando são feitos convites para participar num diálogo entre “ambos os lados” do assim chamado “conflito”. Qualquer apelo a um discursos “equilibrado” sobre esta questão – onde o lema “há dois lados em toda história” é reverenciado quase religiosamente – é intelectualmente e moralmente desonesto pois ignora o fato de que, quando se trata de casos de colonialismo, apartheid e opressão não tal coisa como “equilíbrio”. A sociedade opressora, de modo geral, não renunciará aos seus privilégios sem pressão. É por isso que a campanha BDS é um importante instrumento de mudança.

(*) Faris Giacamané estudante palestino da Cisjordânia, estudando no segundo ano de uma universidade nos Estados Unidos. O original encontra-se em http://electronicintifada.net/v2/article10722.shtml ; Este artigo também foi publicado em 20/08/2009 em http://resistir.info/ ; Conheça o Global BDS Movement: www.bdsmovement.net

3 comentários em “Podemos conversar? A "indústria da paz" do Oriente Médio”

  1. Prezado Latuff
    Muito rica e esclarecedora sua análise para os ignorantes ou superficialmente informados sobre esse cancer israelense. Há muito que eu já venho batendo nessa tecla das farsas que israel fabrica. É a maior usina de factóides do mundo, com uma produção de mentiras que atravessa séculos e gerações. A obra-prima desses fabricantes de factóides é a própria idéia de que os ashkenazi são judeus e, pior de tudo, judeus semitas. Os únicos ashkenazi que eu respeito e reconheço neles judaismo sincero e legítimo é a comunidade dos Neturei-Karta, e mesmo assim só são judeus por vínculo religioso, e não racial. Os demais não são judeus e muito menos semita. Abraão era sepharadic e não ashkenazi. Esses são apenas indo-europeus e do ramo caucasiano, e se converteram ao judaismo por ocasião da ascensão do profeta Maomé e da religião que fundou no século VIII. O resto é charlatão de marca maior que fazem questão de se declarar “judeus”, e com indisfarçável orgulho nacional-socialista carregado com um certo tom ameaçador subliminar do tipo “cuidado comigo, sou judeu!”
    Desde que eu comecei a cultivar uma consciência política ainda na minha adolescência, por volta dos meus 15 pra 16 anos, que meu coração e mente bate e pensa pela e na Palestina e seu povo. Dizem que os descendentes de portuguêses (como eu) no Brasil, com sobrenomes de animais e plantas, são de origem judaica como Oliveiras, Carneiros, etc. Pode ser, não tenho provas de DNA para confirmar esse rumor. Mas se isso for verdade acho que somos de origem sefaradic e não ashkenazi. E o dia que tomei conhecimento disso pensei: “Mesmo que seja fato, não vai mudar em nada meu julgamento sobre os ashkenazi e nem meus sentimentos sobre os palestinos.” Tanto quanto eu sei, ashkenazi não fala, originalmente, nem hebreu (quando o fala é de aprendizado recente e não há milênios) e nem muito menos aramaico, ambos idiomas derivados da língua-mãe que é o árabe. De novo, nossas origens nos une em Abraão e não em russos, poloneses, húngaros, georgianos, tchecos, austríacos, alemães, etc, todos esses indo-europeus. Além disso, sefaradics não falam yidish, dialeto (mixto da língua desses europeus que citei) inventado nos ghetos da Alemanha pré-hitleriana e no restante da Europa oriental. Até eu descobrir essas verdades isso sempre me deixou encucado pois não entendia como poderia haver “judeus” brancos e, pior de tudo, muitos loiros e dos olhos azuis. Parecia algo extremamente “off-the-wall”. Até que lí um texto no site de um cara chamado Jeff Rense escrito por um tal de Jack Berstein.
    O grande escritor ashkenazi (ashkenazi, mas muito honrado e amante da verdade histórica e defensor intransigente dos palestinos) Uri Avnery, tocou nesse assunto meio de lado uma vez num artido intitulado “The lyon and the gazelle”. Ele – como o tal do Jack Berstein – menciona a origem dos ashkenazi como sendo otomana, ou seja, de turcos de uma denominação tribal chamada de Kaahsar. E não nos esqueçamos dos Falashas, judeus autênticos e legítimos (os reis magos que presentearam Jesus eram falashas) originários na antiguidade do Yemen, Etiópia e Sudão. Pois bem, o dicionarista ashkenazi americano Noah Webster jamais reconheceu-os como judeus e nem incluiu na sua obra (dicionário da língua inglesa) o verbete falasha. Nem ele nem o cara que comprou os direitos da obra e colocou seu nome, Webster, junto com o do autor original. Até há cerca de um ano não havia nada e só recentemente isso foi feito. O curioso é que se você pesquisar na versão online do Merriam-Webster (m-w.com) o verbete “ashkenazi” encontrará a definição dessa tribo além da menção ao verbete “sephardi” com o link pertinente. Mas nem um pio sobre os falashas. Estes, por sua vez, só possuem a definição registrada como “membros de um povo da Etiópia que praticam uma variedade judaismo” e sem nenhum link que leve o leitor ao verbete “sephardi” com quem possuem mais afinidades étnicas, culturais, religiosas e linguísticas – totalmente o oposto com os ashkenazi que não possuem nenhum vínculo sanguíneo, linguístico e cultural com as outras duas denominaçãos tribais autenticas e milenarmente judaicas.
    É por tudo isso que que eu gosto de esfregar no nariz suíno dos ashkenazi essa realidade de fraude étnica quando eles tentam me colar a pecha velha de guerra de “anti-semita”. Um semita não pode ser acusado de anti-semitismo, assim como um negro não pode ser acusado de racista quando chama seu irmão de neguinho ou niggar (nos USA). E aí eu é que devolvo a acusão repetindo incansavelmente que todos os ashkenazi é que são genuinamente anti-semitas pois são indo-europeus e praticam com bastante fidelidade todos comportamentos e valores que eram muito queridinhos de Hitler e seus seguidores como supremacismo racial e militar e racismo e terrorismo como políticas de Estado – que a maioria do povo ashkenazi apóia.
    Gozado, Hitler defendia a “superioradade” racial dos arianos com base em provas falsificadas nas ciências biológicas, o tal papo deles possuírem DNA superior aos reles mortais como a gente. Pois bem, essa farsa foi desmascarada por pesquisadores sérios que estudaram a genética o genoma humano. Daí que eu acredito que na raiz da tese hitleriana havia um ashkenazi (Adolf Einchmann?) testando hipóteses para uso futuro. E não é que os ashkenazi vendo que não poderiam sustentar a tese de superioridade com base na DNA pois seriam desmascarados iguais aos irmãozinhos arianos, desempoeraram o mesmo lero-lero (trololó?) dessa vez com base num dogma religioso mais conhecido por “povo escolhido”. Mais outro factóide pois dogmas não são necropsiados em universidades outro centros de pesquisa. Uma verdadeira blindagem. E para rebater isso eu digo pros ashkenazi com quem raramente eu debato esses temas: “Se deus escolheu um povo esse não é o ashkenazi e sim os sefaradics e falashas” rsrsrsrsr.
    Abraços

  2. Eu pensei que o anti-semitismo estava enterrado,ledo engano. Antes de condenar povos por atitudes isoladas,que não é corroborada, pelo seu povo. Existe feridas de ambos os lados. Porque os defensores dos palestinos, não gritaram contra o corrupto chamado de ARAFAT. Ele ficou rico, o seu dinheiro sujo, desviado, da ajuda humanitária, que os povos, mandaram.Não existe santos, neste jogo politico. Infelizmente ainda existe ódio, nas suas mentes, carreagada de propaganda, esquerdista. as mesmas que apóiam o aborto, homossexualismo e outras promiscuidades. Os palestinos são massa de manobra de lideres, muçulmanos, que não querem nem saber dos refugiados. Porque os paises arabes, não colocam os “coitadinhos”, como eles são tratados. Tudo isso foi provocado pelos “grandes”lideres árabes. ISRAEL, jamais será destruido, tenham certeza disso. Não importa quanta propaganda armada, a verdade sempre há de prevalecer. A propaganda européia, que sempre foi contra israel, está sendo financiada pelos muçulmanos ricos. Não é a toa o grande numero de imigrantes árabes. Só para constar, Israel é a única DEMOCRACIA. naquela região. O resto é tudo DITADURA. Porque que os detratores de Israel, não combate a ditadura dos “paraisos” árabes. Voces que gostam tanto dos paises árabes, vão ficar lá uma temporada ou talvez morar. Quero que o povo palestino e de israel vivam em paz.

Deixe uma respostaCancelar resposta