Fidelidade canina à mentira

O Globo segue perseguindo a Petrobrás. O jornalão carioca deu chamadas com grande destaque nas capas de ontem e hoje, sendo a primeira delas de um mau gosto extremo: “O canil fantasma da Petrobrás”. Esse foi apenas um episódio de muitos. Parece que o Globo, um dos piores jornais do país, quer porque quer afrontar a maior empresa brasileira, 34a maior do mundo e a 6a mais lucrativa do planeta segundo a revista Fortune. Seguem abaixo as respostas da Petrobrás, retiradas de seu blog. Detalhe para o fino humor dos escribas petroleiros ao apontar a fidelidade canina do jornal. À mentira:
O canil fantasma do Globo II
Em relação à matéria publicada pelo jornal O Globo desta quarta-feira (22/7), “Canil: Petrobras joga a culpa na prefeitura”, fazemos as seguintes observações:
1- É fato que cabe à Prefeitura a competência de fiscalizar o endereço de inscrição e a concessão do alvará de funcionamento de empresas. Afirmar isso não pode ser confundido com a “Petrobras joga a culpa na Prefeitura”,  muito menos com “responsabilizar [a Prefeitura] por contratos”, como publicou O Globo.
2- A Petrobras forneceu todas as informações sobre os contratos com as empresas em questão. É estranho O Globo querer que o blog Fatos e Dados esclareça a dúvida do jornal sobre quem é o empresário, cujo nome e outras informações pessoais a própria matéria já apresenta. A Petrobras não pode ser responsabilizada pelo fato de o jornal não ter localizado o empresário.
3- Não existem contratos “denunciados”, como publicou O Globo. Conforme este blog já informou em 20/7, apenas dois contratos foram realizados com a Guanumbi Promoções e Eventos: um para produção e gravação de DVD em homenagem à Mulheres da Mangueira, em 2007; e outro para realização do espetáculo “Dia Nacional do Samba” no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 2006.  E de acordo com post de ontem (21/7), um contrato com a Sibemol para realização do projeto Quilombos Cariocas. Sobre estes contratos não pesa nenhuma denúncia.

4- A matéria de O Globo fornece informações sobre vários serviços que a Guanumbi e Sibemol realizaram. Isto desmonta a idéia  de empresa “fantasma”. Se a reportagem tivesse feito uma investigação um pouco mais apurada, descobriria que a Sibemol, por exemplo, está sediada na Av. Olegário Maciel, 460 – sala 205, Barra da Tijuca – Rio de Janeiro (foto acima à esquerda).
O canil fantasma do Globo
A respeito da manchete de O Globo “O canil fantasma da Petrobras”, a Petrobras esclarece que a fiscalização do funcionamento de empresas no endereço de inscrição, e a concessão do alvará para funcionamento são de competência da Prefeitura. Nesse alvará, encaminhado à Petrobras pela Sibemol Promoções e Eventos Ltda., junto com a documentação do projeto Quilombos Cariocas, constam, entre outras, as atividades de “Produção artística”. Se tivesse procurado a Petrobras antes da publicação da matéria, a reportagem de O Globo teria acesso a essa informação.
O patrocínio ao projeto citado faz parte de ações permanentes da Companhia em conjunto com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) do Governo Federal para valorizar os direitos humanos. O projeto Quilombos Cariocas contou com missa, shows e debates que envolveram temas relativos à comunidade negra. Todos os eventos, gratuitos, foram abertos ao público em geral e divulgados inclusive entre as atrações nos guias culturais dos jornais O Globo e Extra.  O projeto foi apresentado com um custo total de R$ 240 mil. A Petrobras optou por uma cota de R$ 120 mil. Todas as contrapartidas exigidas foram realizadas e comprovadas por meio de relatório com registros em foto e vídeo.
Petrobrás segue na ofensiva (publicado em 10 de julho de 2009):
Chegou hoje no meu emeio, vindo da gerência de imprensa da Petrobrás:
Esclarecimento sobre o bloco BM-S-22
Com relação às matérias publicadas nos jornais O Globo e Valor Econômico, sob o titulo “Poço no pré-sal não tem petróleo” e de “Papeis da Petrobras caem com notícia sobre poço seco”, a Petrobras esclarece que:
O Bloco BM-S-22 localizado na Bacia de Santos, é operado pelo Consórcio formado pela Exxon Mobil (40%-operadora), Hess Corporation (40%) e Petrobras (20%). Segundo cláusulas dos contratos do Consórcio e cláusula do contrato de concessão assinado pelo Consórcio junto a Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) somente o operador da área pode comunicar eventos, tais como resultado de perfuração de poços, ao ente regulador, assim como ao mercado em geral.
O Consórcio comunicou à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), através do Operador, a conclusão da perfuração do segundo poço na área do BM-S-22. Porém, como não foi detectado indícios de óleo, não se torna necessário o envio de nenhuma comunicação adicional à ANP, conforme determina a legislação vigente e nem ao mercado. Além disso, a Companhia vem informando ao mercado de forma recorrente a impossibilidade de se pronunciar sobre os blocos operados por outras empresas.
É importante ressaltar que, em toda atividade exploratória do petróleo, existe o risco do poço ser seco (não se encontrar hidrocarbonetos em quantidade adequada à comercialização). Um poço seco, portanto, é algo recorrente da indústria do petróleo e não fato extraordinário. Adicionalmente, o resultado de um poço seco não torna conclusiva a comercialidade do bloco.
No caso do pré-sal, segundo informações amplamente divulgadas pela Companhia, os seis blocos operados pela companhia na Bacia de Santos apresentaram índice de sucesso de 100%. É entendimento da Petrobras de que são improváveis as ocorrências de poços secos, fora dos padrões normais da indústria de petróleo, nessa área do pré-sal da Bacia de Santos, devido ao conhecimento dos modelos geológicos, da quantidade de dados sísmicos e do número de poços já perfurados com sucesso.
Desempenho das ações
Em relação ao desempenho das ações da Petrobras, este está relacionado a diversos fatores, tais como desempenho da economia brasileira e mundial, taxa de câmbio, desempenho operacional e financeiro da Companhia, dentre tantos outros. Ademais, como empresa do setor de óleo, a oscilação do preço das ações da Petrobras está altamente correlacionada com os movimentos dos preços do petróleo no mercado internacional, que vem apresentando acentuada volatilidade. O petróleo Brent caiu 3,4% em 08/07 e acumulou queda de 5,9% na semana (de 06/07 à 08/07), enquanto as ações preferenciais da Companhia caíram 0,8% e 3,1% respectivamente. Em conseqüência, torna-se difícil identificar um fator ou conjunto de fatores conjunturais que expliquem claramente o desempenho das ações da Companhia negociadas em bolsa de valores n o Brasil e no exterior.

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