Iniciativa inédita de Lula, Aliança Global contra a Fome começa a ser construída

Com ampla participação dos membros do G20, países convidados e organismos internacionais, teve início, nesta quarta-feira (21), em Brasília, a primeira reunião da Força Tarefa para o estabelecimento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa inédita do presidente Lula.

O encontro, que ocorre de forma híbrida até sexta-feira (23), foi aberto pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e busca estabelecer as bases técnicas e negociar as principais características para a construção de uma Aliança robusta e autônoma.

A ideia de formar a Aliança começou a ser trabalhada quando o Brasil assumiu a presidência do G20, em Nova Delhi, na Índia, em novembro do ano passado. O grupo reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana.

A proposta em discussão é oferecer uma cesta de experiências exitosas de diversos países a outras nações que queiram adaptar e implementar estas políticas públicas em seus territórios.

“O que queremos com a Aliança é um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de onde são mais abundantes e canalizá-los para onde são mais necessários, apoiando a implementação e a ampliação da escala de ações, políticas e programas no nível nacional” explicou o ministro Wellington Dias, em coletiva de imprensa.

“Queremos evitar a duplicação de esforços e posicionar a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza como um mecanismo que dará o impulso político necessário para mobilizar os fundos e mecanismos existentes e melhor organizá-los em torno de dois princípios: o foco nos mais pobres e vulneráveis e; a implementação consistente de políticas nacionais”, acrescentou Dias.

O ministro ressaltou que a iniciativa busca o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 1 e 2, com a erradicação da fome e da pobreza extrema, e elencou dados que mostram um cenário desafiador. “Segundo estudos mais recentes da FAO, 735 milhões de pessoas passam fome no mundo. Os 10% mais ricos detêm 76% da riqueza do planeta, enquanto os 50% mais pobres possuem apenas 2%”, lamentou o ministro.

Força Tarefa

Um dos objetivos da reunião técnica é discutir como deve ser o termo de adesão dos países interessados em ingressar na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Ao longo de três dias de atividades, serão apresentados e debatidos quatro relatórios, elaborados por organizações internacionais presentes no encontro, como Banco Mundial, OMC, Unesco, FAO, OMS, Unicef, entre outras.

Os documentos evidenciam soluções e lacunas nas várias dimensões do enfrentamento à pobreza e à fome, incluindo a produção sustentável de alimentos, a proteção social, a criação de resiliência, e a colaboração internacional mais eficaz. “Esses relatórios mostram a importância de termos uma gama de políticas públicas sustentadas pelo Estado, embutidas num marco legal, e com escala e financiamento suficientes”, explicou o ministro.

Os trabalhos da Força Tarefa terão continuidade ao longo do ano, com novas reuniões em março, em Brasília, e em maio, em Teresina. “Nossa expectativa é que tenhamos tudo conformado em julho, durante nossa Reunião Ministerial, no Rio de Janeiro”, adiantou.

“A partir daí, queremos estar em condições de expandir nossa Aliança para além do G20 de modo a chegarmos na Cúpula em novembro, no Rio de Janeiro, com o lançamento de uma Aliança verdadeiramente global, com o máximo de países”, concluiu Dias.

G20

O Grupo dos Vinte (G20) é o principal fórum de cooperação econômica internacional. Desempenha, com presidências rotativas anuais, um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas internacionais.

Inicialmente, o fórum concentrava-se principalmente em questões macroeconômicas gerais, mas expandiu sua agenda para incluir temas como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.

Fonte: PT

Publicación

El año de 2023 publiqué “Mirada poética,”

Libro que me contiene talvez más que cualquier otro.

Vuelvo a leerlo y así me acuerdo de quien soy

Recupero mi noción de identidad

Pertenecimiento

Habitación

Sentido.

Este libro se prolonga en otros que desarrollan su contenido aún con más precisión.

Esta acción me devuelve al mundo de las editoras y las lectoras, lectores. Gente que publica.

Lee y se muestra.

Comparte

Acción editorial. Actividad literaria.

Consciencia es mucho ésto.

Ser y aparecer.

Ser y hacerse.

Hacernos colectivamente.

Unidad

El canto de las aves esta mañana me trajo esa sensación antigua y nueva.

¡Cuántos días ya empezaron así desde el comienzo! Los días se siguen apilando como un libro contínuo que sigo escribiendo y leyendo.

Empezar de nuevo. Hacer de la casa un hogar. Saber que sí, que ahora estamos, estoy, en el nuevo departamento, que va teniendo ya un aire familiar.

Rehacer los caminos de los alrededores. Los sonidos, las proximidades.

Recuperar esa certeza también antigua y actual, al andar por las veredas. Al tomar un trago en las barracas. Al ir a la academia. Al volver a ver ese flujo contínuo e intermitente de gente del que formo parte.

Y las memorias que me van cosiendo en todos estos años de vivir en João Pessoa. Vivir en Brasil e ir y volver a Mendoza, Argentina.

Ir y volver y en estos ires y venires haber recompuesto mi propia identidad, mis propias maneras de estar en el mundo.

Foto: Cabo Branco. João Pessoa, PB. Brasil

As santas e muito religiosas tentações do diabo

Cada ano, no primeiro domingo da Quaresma ouvimos o evangelho que mostra Jesus sendo empurrado pelo Espírito de Deus ao deserto para ser provado. O evangelho de Marcos 1, 12- 15  relata esse episódio de forma sóbria e breve: “O Espírito o empurrou para o deserto. Lá, durante quarenta dias, foi posto à prova por Satanás. Ele convivia com as feras e os anjos o serviam” (Mc 1, 12- 13).

O antigo povo dos hebreus passou pelo deserto. Para conquistar a terra prometida, teve de atravessar o rio Jordão (Js 3). Jesus também mergulha no Jordão e dali sai para a sua missão de testemunhar o projeto divino no mundo. Mas, antes de fazer isso, é empurrado pelo Espírito para escolher o modo como vai realizar a sua missão e ver mais claro o que Deus pede dele.

Hoje, a palavra tentação tem sentido negativo. Na Bíblia, tentação significa escolher entre duas ou diversas alternativas qual seguir para realizar um projeto de vida. Às vezes, temos de escolher dentro do próprio caminho de Deus, sobre como agir e que opção tomar. Jesus teve de escolher. Cada escolha tinha vantagens e limites e, fosse qual fosse, poderia ser vista como sendo agradável a Deus. Mas, há uma que é a vontade de Deus aqui e agora. Sou cristão e quero viver o caminho do seguimento de Jesus, mas como? De que maneira? Através de que estilo?

No primeiro testamento, os hebreus enfrentaram 40 anos de caminhada no deserto. Ali viveram tentações e essas tentações foram todas na relação com Deus: adorar o bezerro de ouro como imagem de Javé, relacionar-se com Deus para pedir benefícios para si (maná, codornizes, água). As tentações foram entre dois caminhos diversos. Um levava o povo à fidelidade ao que Deus queria dele. O outro, ao contrário, tentava adaptar Deus à cultura deles. Até hoje, fazemos isso e criamos uma imagem de Deus à nossa imagem e semelhança e ainda dizemos que Deus quer assim, Deus diz isso, Deus diz aquilo. Como saber que não estamos projetando um deus à nossa imagem e semelhança?

O deserto de Jesus não foi apenas lugar geográfico. Jesus foi ao deserto quando foi ao mais profundo do seu próprio ser, no qual precisava aprimorar suas escolhas e unificar a sua vida com o projeto divino. No deserto, ao orar, Jesus descobriu que, no batismo do Jordão, recebeu o batismo para se colocar como servo humilde e sofredor de Deus e não como Messias poderoso, filho do rei Davi e cheio do poder divino. No batismo ele ouviu a mesma palavra que Deus deu ao servo sofredor descrito no 2º Isaías.

Não deve ter sido fácil para Jesus constatar que tinha se enganado em seu caminho espiritual. Precisava renunciar a ser referência religiosa. Não devia fazer milagre. Nunca devia usar o poder. Tinha de abandonar a segurança da lei e de qualquer instituição. Só o Pai. Só a fé. Só a graça do amor. A partir daquele momento no deserto, começou o seu caminho ao Calvário. Foi sua opção louca.

No livro do Dostoievski, o grande inquisidor em Sevilha lhe disse: “Era o outro (o diabo) que tinha razão e não você”. Até hoje, a maioria dos os religiosos pensam isso. A Igreja construiu o Vaticano e o papa se tornou chefe de Estado acreditando que isso facilita a missão de pregar o evangelho. Quantos padres pedem dinheiro e se colocam como homens de poder para melhor cumprirem sua missão. É um modo de compreender o projeto divino. Jesus teve de descobrir que isso não é o projeto divino. No deserto, ele percebeu que aquele caminho era inspirado não por Deus mas por Satanás.

Como o povo antigo no deserto. Durante 40 dias, Ele é tentado por Satanás, palavra da antiga cultura persa que significa Acusador. O termo hebraico Satã (traduzido no grego por diabolosdiabo) significa acusador. O rabino Nilton Bonder explica: “A palavra demônio (em hebraico Satan) tem sua raiz no verbo bloquear ou impedir. Satan representa um bloqueio nessa conexão com um fluxo sadio, enquanto a Cabala (em hebraico recebimento) se concretiza na liberação desse fluxo”. Na tradição judaica, Satan é denominado ‘o outro lado’ (Sitra Achra). Não é uma entidade, mas sim forças que nos distraem, nos deslocam do nosso centro interior e significam literalmente obstáculos ao nosso retorno ao caminho da saúde e da integração interior”[1].

O próprio Jesus chamou Pedro de Satanás, no sentido de “alguém que é obstáculo” (Mt 16, 23). Para a mentalidade bíblica, Satanás é uma das criaturas que servem a Deus no céu (ver Jó 1, 6- 2, 7). Foi em contato com outras culturas e outras religiões que a Bíblia fala de Satanás como espírito forte, contrário a Deus, a seu projeto e a seu povo [2].

 

Conforme Marcos, Jesus não teve um só tentador, nem uma só tentação.   Para Jesus as tentações foram religiosas e santas. Vocês lembram que, no evangelho, os seus adversários o acusam de não jejuar, de não respeitar o sábado, de comer com pecadores e com gente de má vida. E o que os diversos tentadores mais pediam dele era que fosse um homem do céu. E ele rejeitou sempre a tentação da religião do templo e da sinagoga, até hoje tão fortes e vivas na Igreja Católica e em outras Igrejas cristãs. Marcos mostra que as tentações de Jesus e as tentações da Igreja cristã 70 anos depois de Cristo, na época em que o evangelho foi escrito, são as mesmas tentações que até hoje as Igrejas cristãs enfrentam.

É preciso uma Campanha da Fraternidade para o mundo, mas também para nós mesmos da Igreja para compreender que o projeto divino é a irmandade de todos os seres humanos e até de todos os seres vivos e nesse ponto, o caminho para isso é a amizade social.

O evangelho diz que, no deserto, Jesus conviveu com animais selvagens e contou com o serviço dos anjos, isso é, mensageiros de Deus. Isso indica também para nós o caminho da integração  com as dimensões que existem em nós: a dimensão animal e até selvagem e a dimensão angélica. Para nós, hoje, ressoa o apelo “O tempo está completo. O reino de Deus está próximo. Mudem de critérios a partir dos quais vocês organizam a vida e se agarrem a esta Boa Notícia”.

—————-

[1] – NILTON BONDER, A Cabala da Comida, do Dinheiro e da Inveja, Rio de Janeiro, Imago, 1999,  p. 36 e 41.

[2] – A maioria destes dados está nos verbetes Satã e Demônio no Dicionário Enciclopédico da Bíblia,  obra coletiva organizada por DR. VAN DEN BORN, trad brasileira Ed Vozes, 1987, pp. 365- 366; 1396- 1397.

PT 44 anos: um partido com importância reconhecida no mundo todo

Não há exagero nenhum em afirmar que, ao completar 44 anos, no próximo sábado, 10 de fevereiro, o PT alcançou uma importância reconhecida além das fronteiras brasileiras. Hoje, o Partido dos Trabalhadores é visto internacionalmente como uma peça crucial na luta pela preservação ambiental, no combate à fome e às desigualdades globais e na manutenção da democracia e no enfrentamento ao projeto autoritário da extrema direita no mundo.

Uma das provas disso surgiu ainda durante a campanha presidencial de 2022. Primeiro, foram cientistas de vários países que manifestaram, na revista científica Nature, apoio à candidatura de Lula, preocupados com a destruição da Amazônia causada por Jair Bolsonaro. Depois, pelo mesmo motivo, foi a vez do jornal The New York Times também endossar o petista.

Hoje, pouco mais de um ano após a posse de Lula, está claro que jornal e comunidade científica estavam certos. Depois de quatro anos assistindo ao desmatamento subir no governo Bolsonaro, com o governo do PT o desmatamento nas áreas protegidas da Amazônia caiu 73%, e na Mata Atlântica, 59%, entre outros resultados positivos.

Além disso, as populações indígenas, que foram vítimas de perseguição genocida com Bolsonaro, passaram a ser protegidas. E o Brasil voltou a ser protagonista nos encontros internacionais sobre mudanças climáticas, a ponto de se apresentar para sediar, em 2025, a Cúpula do Clima da ONU.

O Brasil voltou também a ter um líder respeitado mundialmente, cuja mensagem de combate à fome e à miséria é ouvida e repercute. Ao mesmo tempo, ao assumir a presidência do G20, o Brasil levou ao grupo das 20 maiores economias do mundo o debate sobre a redução da pobreza.

Defesa da democracia

E a vitória de Lula também foi muito desejada por todos aqueles que respeitam a democracia e, por isso, se preocupam com o avanço da extrema direita e do fascismo no mundo. Não por acaso, chefes de Estado no mundo todo prontamente se manifestaram em defesa das eleições brasileiras de 2022, tão logo o resultado foi declarado pela Justiça Eleitoral.

Para esses líderes — que incluem nomes como os presidentes da França e dos Estados Unidos, Emmanuel Macron e Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaff Scholz —, já estava claro que havia no Brasil, por parte de Bolsonaro e seus cúmplices, um desejo de atacar a democracia, como ficou comprovado em 8 de janeiro de 2023.

Felizmente para o Brasil, e como se vê, para o mundo, havia um líder como Lula e um partido como o PT prontos para enfrentar e vencer a extrema direita. Uma luta que continua, é certo. Mas a democracia e o campo progressista continuarão vencendo. Basta que sigamos alertas e prontos para o embate.

Fonte: PT

(09-02-2024)

Netos, a vós!

Arthur – primeiros passos

Primeiro dia de aula
na escola Maple Bear;
estou em frente aos portões,
de copo, garfo e colher.
Pra me servir de saber,
eu preciso nas mãos ter
o prato certo e o talher.

Vovô Martim, 30/1/2024

 

Para Maria Cecília

Estou tão triste, Maria,
lhe digo já o porquê:
pobre da minha alegria
não pôde ainda lhe ver.
Toda noite, lá pras tantas,
o meu sono se levanta
com saudade de você.

Vovô Assueros, 2/2/2024

Imagem gerada por IA

Na África, Lula defende construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

11.01.2023 – Presidente Lula durante audiência com Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, chegam nesta sexta-feira (16) para a África, depois de eventos no Egito. Juntos com uma comitiva brasileira, o governo Lula tem a missão de firmar uma Aliança Global de combate à fome e à miséria, principal proposta do Brasil na presidência do G20.

Reconhecido mundialmente como protagonista na implementação do maior programa social de distribuição de renda, o Bolsa Família, o  governo Lula será recebido na capital da Etiópia, Adis Abeba, sede da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA). A comitiva do país permanece na África para debater a medida até domingo (18).

De acordo com o MDS, a entrada da União Africana (UA) como membro efetivo do G20, na cúpula de Delhi, na Índia, abriu novas possibilidades para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O bloco reúne as nações da África, com um PIB combinado de cerca de US$ 3 trilhões.

“Os países do G20 aceitaram debater essa Aliança Global e aceitaram que, uma vez lançada essa Aliança, tivesse uma plataforma que permitisse a participação de outros países, não apenas os do G20”, afirmou Wellington Dias.

 

A incorporação da UA também está alinhada à meta de reestruturação da governança global proposta pelo Brasil na presidência do G20.

“Este momento dá ao Brasil a oportunidade de colocar no centro da agenda a erradicação da fome, a diminuição da pobreza e da desigualdade, aliadas à preservação do meio ambiente e à uma nova governança global”, afirmou o ministro.

 

Combate à fome

Prioridade do governo Lula, a ideia de formar uma Aliança Global de combate à fome e à miséria começou a ser trabalhada quando o Brasil assumiu a chefia do G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta.

O MDS ressalta que a proposta é oferecer uma cesta de experiências exitosas de diversos países a outras nações que queiram adaptar e implementar estas políticas públicas em seus territórios.

Os mecanismos de financiamento e governança serão discutidos ao longo do ano e apresentados aos Chefes de Estado e Governo na Cúpula do G20, marcada para novembro, no Rio de Janeiro, quando deve ser pactuada a Aliança Global.

Ouça o boletim da Rádio PT:

Fonte: PT, com informações do MDS

Diário fundado em 13 de maio de 2000

Sair da versão mobile