Por aqui o que se viu
Nesses longos quatro anos
Foi fome, dor, desenganos
Do mês de maio a abril
Na dispensa há um fuzil
Mas feijão nem pra meizinha
Só um pires de farinha
Sobrou nesta triste história
O feijão só na memória
Quanto mais a caipirinha
Não se pode um livro ler
Isto não é permitido
Da sexta básica banido
Pois ajuda o povo a ver
Também não costuma ter
Proteção Ambiental
Na Amazônia Legal
Querem plantar braquiária
E fazer da pecuária
Um agribusiness global
O país está quebrado
Não tem caixa, está falido
O povo triste, abatido
(Eh, oh oh, vida de gado!)
O tacho todo raspado
Sem dinheiro pra bancar
A farmácia popular
Que a cada dia piora
A nação não vê a hora
Desse governo acabar
Martim Assueros
20/12/2022
Sociólogo e Educador Ambiental, 67. É coautor do livro “Brejos de Altitude em Pernambuco e Paraíba: História Natural, Ecologia e Conservação” (disponível aqui) e de cartilhas didáticas de educação ambiental (disponíveis aqui: série Joca Descobre…).
Bom vê-lo aqui de volta, Assueros. A arte nos traz a força de melhor resistir às adversidades!