Orgia do Caos

Por aqui o que se viu
Nesses longos quatro anos
Foi fome, dor, desenganos
Do mês de maio a abril
Na dispensa há um fuzil
Mas feijão nem pra meizinha
Só um pires de farinha
Sobrou nesta triste história
O feijão só na memória
Quanto mais a caipirinha

Não se pode um livro ler
Isto não é permitido
Da sexta básica banido
Pois ajuda o povo a ver
Também não costuma ter
Proteção Ambiental
Na Amazônia Legal
Querem plantar braquiária
E fazer da pecuária
Um agribusiness global

O país está quebrado
Não tem caixa, está falido
O povo triste, abatido
(Eh, oh oh, vida de gado!)
O tacho todo raspado
Sem dinheiro pra bancar
A farmácia popular
Que a cada dia piora
A nação não vê a hora
Desse governo acabar

Martim Assueros
20/12/2022

Um comentário em “Orgia do Caos”

  1. Rolando Lazarte – Doutor em sociologia (Universidade de São Paulo). Mestre em sociologia (IUPERJ). Licenciado em sociologia (Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina). Professor aposentado da UFPB. Terapeuta Comunitário Formador. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
    Rolando Lazarte disse:

    Bom vê-lo aqui de volta, Assueros. A arte nos traz a força de melhor resistir às adversidades!

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