ONU deplora ação violenta contra protestos no Iêmen, Bahrein e Síria

Enfermeira ajuda ferido. Foto: Rádio ONUMortes e relatos de uso excessivo da força no Iêmen, Bahrein e Síria condenados pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos. Por Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos deplorou nesta terça-feira 22, em Genebra, a atuação das forças de segurança perante os protestos pró-democráticos no Iêmen, Bahrein e Síria.

Em comunicado, a alta comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse estar alarmada com o estado de emergência em vigor no Iêmen, além dos confrontos armados que causaram dezenas de mortos. Ela pediu uma investigação independente a relatos de assassinatos alegadamente perpetrados por atiradores, na semana passada.

Deportação

Pillay citou a decisão governamental do Iêmen, em deportar dois jornalistas da cadeia de televisão árabe Al Jazeera, lembrando da responsabilidade dos governos pela proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo em momentos de instabilidade.

Informações sobre o desaparecimento de entre 50 a 100 manifestantes no Bahrein, na semana passada, foram consideradas “preocupantes” pela alta comissária.

Ameaças

Navi Pillay deplorou igualmente a prisão e ameaças contra várias pessoas após terem prestado declarações à imprensa. De acordo com o comunicado, as vítimas dizem ter sido alvo de represálias, incluindo o corte de linhas telefônicas.

Na Síria, Navi Pillay condenou a resposta dada pelas forças de segurança na cidade de Daraa, no sul. Segundo refere, foi usado gás lacrimogêneo e munições reais contra manifestantes em várias ocasiões durante o fim de semana. Os relatos apontam para morte de pelo menos sete pessoas.

No seu pronunciamento, Navi Pillay condena o uso excessivo de força, lembrando que é uma violação do direito internacional, que prevê responsabilidade criminal aos seus autores.

Ouça aqui a reportagem da Rádio ONU.

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