Movimento OcupaRio reflete o papel da democracia participativa


Aderindo às manifestações globais do dia 15 de outubro de ocupar as praças, como está acontecendo em Wall Street(Nova Iorque) e Puerta del Sol (Madri) cidadãos de diversas partes do Rio de Janeiro ocuparam a Praça da Cinelândia, na centro do Rio há quase 20 dias. Assim é o Ocupa Riohttp://ocupario.org/, movimento, com mais de 100 barracas, formado por jovens  que buscam reflexões e diálogos dos temas que envolvem a crise na democracia participativa brasileira.
Os ativistas colocaram diversas instalações no local, como cozinha, biblioteca, gerador de energia a bicicleta, cinema popular e rádio livre. Entre os ativistas do movimento estão presentes no mesmo espaço moradores de rua, estrangeiros, artistas, estudantes e ativistas de diversos movimentos sociais. Tudo isso em um ambiente rodeado de cartazes transmitindo palavras de ordem. Um cartaz enumera as tarefas do movimento: ‘atividades’, ‘infraestrutura’, ‘alimentação’, ‘segurança’, ‘jurídico’, ‘comunicação’, ‘teoria’, ‘autogestão’, ‘ações práticas’, ‘horta urbana’, ‘processos’, ‘reciclagem’,  são regras a serem cumpridas a fim de manter o ambiente público organizado.
Veja os vídeos do movimento Ocupa Rio onde é retratado uma posição critica à grande imprensa: Videos capturados do Youtube:


O movimento não tem nenhuma liderança ou porta voz. Ele é constituido por todos, como um coletivo. As rodas públicas de debates giram em torno da desigualdade social brasileira, borbulhada pela corrupção, pelo desperdício do dinheiro público, pela má qualidade da educação e da saúde publica e a concentração de terras.
O Fazendo Media esteve lá e pode observar debates criticos, como por exemplo, as remoções da prefeitura do Rio, os rumos da política econômica brasileira, a dívida pública, a construção da Usina de Belo Monte, os arquivos da Ditadura Militar de 1964, e a situação da educação e saúde pública. Além dos debates, o Ocupa Rio realiza várias atividades culturais e oficinas. Na assembléia de comunicação, por exemplo, se discute como se pode usar as tecnologias para quem está longe poder participar dos debates, e como dialogar com as outras ocupações ao redor do mundo. “Queremos que os povos venham às praças debater”, disse um ativista do movimento ao Fazendo Media.
A crise mundial tem levado os indignados de todas as cidades do mundo a ocuparem praças, denunciando a injustiça do atual sistema econômico e a fragilidade dos regimes políticos. Na Europa e nos EUA, onde o desemprego beira os 20% da população economicamente ativa. No Brasil, o desemprego oficial está em 6%, sendo que as pessoas que vivem do trabalho informal não estão nesta estatística. O Brasil ocupa a 84ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ficando atrás de países como a Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela e Cuba.

Um comentário sobre “Movimento OcupaRio reflete o papel da democracia participativa”

  1. Não tem um líder: tem vários. O resto é massa de manobra, já que os debates são editados (a pauta já vem pronta) e as palestras são as mesmas em cada Ocupa, além dos métodos de trabalho. É lance de partido, mas bem camuflado sob a máscara do Guy Fawkes. A agenda é idêntica, item por item, à do PSOL. Vai dizer que não é?

Deixe uma resposta