Novo presidente iraniano

Por Isaac Bigio

LONDRES, 25/6/2005. Em 1979 o Irã — assim como o México, Bolívia, Peru, Nicarágua e hoje a Venezuela passaram por uma ‘revolução’ que instalou um regime ‘anti-imperialista’ que planejava redistribuir a riqueza, benefícios aos pobres e criar muitas organizações populares de apoio. Mas, diferentemente do nacionalismo latino-americano (secular e incômodo com uma igreja influenciado por conservadores), o regime dos aiátolas é clerical e teocrático.

Nas lutas presidenciais iranianas só competem candidatos apoiados pela censura oficial. O clérigo milionário Rafjansani (ex-presidente 1989-1997) representa aqueles que desejam uma mudança gradual para o ocidente e a ‘liberalização’ (como aconteceu em todos os casos latino-americanos menos em Cuba e na Venezuela).

O prefeito da capital Ahmadineyad representa os setores autocráticos e a camadas pobres descontentes com a corrupção e os ‘novos ricos’, que querem manter o protecionismo social e econômico hostil a Washington. Com seu novo governo, o Irã reforçaria seus programas nucleares e se chocaria mais com os Estados Unidos do que o Iraque, Líbano, Palestina, Afeganistão e Venezuela.

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