Começamos a morrer a partir do momento em que deixamos de acreditar. E não estou me referindo à fé estruturada em alguma religião ou crença.
Estou querendo dizer que a morte pode nos alcançar em vida, a partir do momento em que começamos a deixar de crer que vai dar certo, que vai ocorrer no futuro alguma coisa boa que queremos muito.
Esse futuro pode ser daqui a pouco, quando eu for sair à rua para pegar uns amigos e ir para a reunião do grupo.
Lembro de um escrito do Pe. Comblin, em que falava disto, de ir construindo a cada passo da caminhada, uma nova esperança.
Nestes anos de vida nordestina, algo desta fé que é esperança, começou a ganhar espaço dentro de mim. Vem ganhando espaço.
Ocupando um lugar que é como que a própria força motriz da vida. A vida é esperança. Não há morte, o que pode haver é desesperança.
Doutor em sociologia (USP). Terapeuta Comunitário. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Autor de “Max Weber: ciência e valores” (São Paulo: Cortez Editora, 2001. Publicado em espanhol pela Editora Homo Sapiens. Buenos Aires, 2005), Mosaico (João Pessoa: Editora da UFPB, 2003), Resurrección, (2009). Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
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