Não há morte

Não há morte, há desesperança. A morte é a perda da esperança. Isto que estou dizendo é uma coisa que todos e todas sabem.

Começamos a morrer a partir do momento em que deixamos de acreditar. E não estou me referindo à fé estruturada em alguma religião ou crença.

Estou querendo dizer que a morte pode nos alcançar em vida, a partir do momento em que começamos a deixar de crer que vai dar certo, que vai ocorrer no futuro alguma coisa boa que queremos muito.

Esse futuro pode ser daqui a pouco, quando eu for sair à rua para pegar uns amigos e ir para a reunião do grupo.

Lembro de um escrito do Pe. Comblin, em que falava disto, de ir construindo a cada passo da caminhada, uma nova esperança.

Nestes anos de vida nordestina, algo desta fé que é esperança, começou a ganhar espaço dentro de mim. Vem ganhando espaço.

Ocupando um lugar que é como que a própria força motriz da vida. A vida é esperança. Não há morte, o que pode haver é desesperança.

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