Movimentos sociais realizam ato contra OMC no Rio

Será realizada no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, nos dias 31 de março e 1º de abril, reunião informal sobre a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo o Itamaraty, a reunião será coordenada pelo Ministro Celso Amorim. Confirmaram participação, até o momento, o Comissário da União Européia para o Comércio, Peter Mandelson; o Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), Robert Portman; e o Diretor-Geral daOMC, Pascal Lamy. Em nota lançada no dia 13 de março, a Rede Brasileira Pela Integração dos Povos (REBRIP) afirma que o Brasil está recebendo pedidos de liberalização nos setores de energia, educação, construção, telecomunicações, financeiros, serviços postais, audiovisuais, serviços ambientais como saneamento, entre outros. E questiona: “Será que o avanço da liberalização destes setores beneficiaria realmente o desenvolvimento e o combate à pobreza, ou atenderia aos interesses das empresas transnacionais e dos países desenvolvidos?” (leia a nota aqui)

Sandra Quintela, da Rede Jubileu Sul, lembra que dia 31 de março é emblemático para a história brasileira. “Há 42 anos se instalava no país uma ditadura militar que matou, torturou e perseguiu muita gente. Hoje os instrumentos do grande capital se aperfeiçoaram. A ditadura dos mercados e com ela a imposição do chamado livre comércio implantado nos paises do sul o mesmo projeto da ditadura: a livre circulação do capital, o pagamento da dívida, a repressão aos movimentos sociais, a perseguição aos pobres – é só acompanhar a ocupação militar no Rio de Janeiro – e a imposição do tão falado pensamento único, refinadas seus artimanhas”, sustenta.

No dia 31 de março, às 14hs, ativistas estarão em frente ao Copacabana Palace para protestar contra o teor das negociações da Rodada de Doha.

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