Com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Divisão de Homicídios prendeu, nesta terça-feira (06/03), o Policial Militar Carlos Jesias Barbosa da Silva, vulgo “Barbosinha”. Ele é acusado de chefiar, em Santa Cruz, a milícia conhecida como Liga da Justiça. Além do PM, o GAECO denunciou e requereu, ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Capital, a prisão preventiva, de Leonardo Braga da Silva, vulgo “Léo Capoeira”, que já se encontra preso; e do ex-Policial Militar Toni Angelo Souza de Aguiar, vulgo “Erótico”, principal líder ainda em liberdade da Liga da Justiça, com atuação em Campo Grande.
Os três são acusados da morte de dois diretores da cooperativa de transporte alternativo CooperOeste, no dia 1º de dezembro de 2010, na Rua Severiano das Chagas, em Santa Cruz. Foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe com emprego de arma de fogo, traição e emboscada e ocultação de cadáver. Segundo a denúncia, as vítimas Délcio Ananias de Lima e Sergio Ricardo Silva de Lima, pai e filho, foram mortos a tiros depois de acordo estabelecido entre Toni Angelo e Carlos Jesias, chefes da Liga da Justiça, com o denunciado Leonardo Braga, integrante da milícia rival Comando Chico Bala. O objetivo das mortes era a obtenção dos lucros obtidos pela cooperativa, pondo fim às hostilidades entre as milícias rivais sobre as atividades da CooperOeste.
Os denunciados são acusados também no mesmo processo da morte de Alexandre Luiz da Cunha Gomes, vulgo Panda, braço direito de Délcio. O assassinato ocorreu horas depois do primeiro crime, na Rua da Valinha, Morro do Chá, Santa Cruz. O corpo de Alexandre foi carbonizado num terreno baldio na Estrada de Paciência, Bosque dos Palmares.