Mais uma batalha de Itararé

O sociólogo e especialista em segurança pública Luiz Eduardo Soares afirmou agora há pouco [13/11, 5h41] via twitter:

“Não haverá confronto na Rocinha. Aparato de guerra é absurdo. Efeito especial para show midiático-político. Soldados escorregarão no óleo e só. Preparem-se para imagens de guerra sem guerra. Depois de sustentar por décadas o tráfico na Rocinha, as polícias rompem a sociedade e dão show. Showtime. As únicas escaramuças ficarão por conta da cenografia de destroços e ruínas que são os rastros de uma história hipócrita. Quem faria o tal confronto já saiu há muito tempo. Quem armou a câmera para flagrar o sangue pode tirar o cavalo do relento. Itararé o frustrará.”

Mais cedo, muito antes da ocupação, por volta das 23h do sábado [12/11], Luiz Eduardo Soares escreveu:

“Patética a cobertura da operação na Rocinha como se fosse guerra. É óbvio que não haverá confronto. O medo da classe média virou moeda política. Porque blindados da Marinha? Vai se prender um ou outro suspeito e exibir dinheiro, droga e pseudo-luxo de Ném&Cia. Mais uma batalha de Itararé.

Essa ridícula espetacularização acende o medo da classe média, aumenta audiência, garante votos e desloca o foco da aliança policiais-crime. Ruas vazias; cinemas e restaurantes em São Conrado fechados.O medo está no ar. A noite pulsa em suspense. Mas não há guerra. Há mídia e política.

Imagens da Rocinha encherão de júbilo pratos do almoço dominical. “Vitória do Bem” serão palavras de ordem, embora Ném fosse sócio de policiais.

Moro em São Conrado. Circulei pelo bairro deserto. Clima é de suspense. Será que alguém acha mesmo que haverá confronto? Aparato bélico+mídia=medo&voto.”

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