É o meu rio interno
A agua que passa por dentro de mim e transborda
É o que me une a mim mesmo e ao meu ambiente em volta.
Equivocadamente julguei durante algum tempo
Que fosse uma debilidade ou defeito
Ao contrário, é a minha fortaleza
É como Deus está em mim.
É o que me trouxe pelas ruas e pelas beiras
Os bordes por onde ando
As laterais dos caminhos por onde andei
Não sei ao certo o que foi que me trouxe a estas águas
E sei, sim, mas não me associo nem associo o meu rio interno
A determinadas circunstâncias doloridas.
Seria uma glorificação da dor que recuso
Talvez seja mais um florescimento
Um vir a ser, um nascer contínuo
Que me arremessa de agora em agora para um agora
Sem tempo, eterno e indiviso
Desde donde avisto o ser que sou e o mundo em que vivo
Em que poso viver.
O silêncio não é algo que eu deva evitar
É aí onde me escuto e escuto.
Doutor em sociologia (Universidade de São Paulo). Mestre em sociologia (IUPERJ). Licenciado em sociologia (Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina). Professor aposentado da UFPB. Terapeuta Comunitário Formador. Escritor. Membro do MISC-PB Movimento Integrado de Saúde Comunitária da Paraíba. Vários dos meus livros estão disponíveis on line gratuitamente: https://consciencia.net/mis-libros-on-line-meus-livros/
Gostei … sempre me identifico com seus escritos.
O espaço está aberto para novos autores e autoras, Ricardo! Junte-se a nós!
Obrigado pelo seu apreço, Ricardo! De fato, a resonância deste meu poema, tem grande significação para mim.