No dia 24 de agosto fez 65 anos da morte de Getúlio Vargas. Por aqui, raríssimas são as manifestações de reconhecimento ao legado histórico do estadista, o que demonstra um lastimável desapreço pela memória, um exagerado e esvaziado moralismo.
Somente depois que Lula passou a citar e reconhecer o ex-presidente, que as citações timidamente mudaram de tom. Muito ou tudo se deve a esplêndida trilogia de Getúlio Vargas feita pelo jornalista Lira Neto. Nela, o jornalista expõe fatos que se conectam e se completam, passando pelo crivo psicológico e político, de forma amplamente contextualizada. A obra é capaz de desfazer o velho clichê de que Vargas era uma figura contraditória.
Interpretar a história sem descontextualiza-la de seu tempo, além de avalia-la sem o raso maniqueísmo é um passo necessário para o avanço das esquerdas no Brasil.
__________________________________________________________________
Em Hong Kong vem ocorrendo mais um episódio da guerra híbrida norte-americana. Aproveitando-se da remanescente cultura ocidental, fruto de uma longa colonização inglesa, o estímulo às manifestações tem como grande objetivo desestabilizar a China.
A guerra híbrida conta com fator fundamental: o processo de idiotização em massa: fruto de um trabalho muito bem feito pelo capitalismo.
__________________________________________________________________
Imperdível é o livro Os Onze, de Felipe Recondo e Luiz Weber, publicado pela Companhia das Letras. A obra traz os meandros do STF e suas transformações ao longo da história.
Com o Judiciário cada vez mais em evidência, o comportamento dos magistrados e votos, na grande maioria das vezes, passou a ser ditado pela pressão midiática e interesses particulares.
O livro evidencia o erro estratégico do PT nas indicações feitas ao Supremo. O Republicanismo imaturo que o Partido dos Trabalhadores adotou em suas escolhas não levou em consideração que o partido jamais seria aceito pela elite brasileira. O preço foi e ainda é altíssimo.
Intrigas, conspirações e todo o repertório de atrasos sociais podem ser observados durante a leitura, além de registrar que o século do ego também deixou sua marca no STF.
Foto(*)blogdacompanhia.com.br