Equívoco político

Presidenta Dilma Rousseff, a senhora está cometendo um grande equívoco político ao aceitar convite para ir a São João da Barra visitar o complexo portuário que está sendo construído pelo empresário Eike Batista.
A senhora caiu no conto do governador Sergio Cabral, amigo de Eike Batista, mas não pode ignorar que muitas famílias que moravam no local foram expulsas e não receberam indenização. É gente honrada que morava na área há anos. Estão passando dificuldades.
Possivelmente muitos desses moradores votaram na senhora e estão decepcionados pelo fato de aceitar o convite.
Na prática, a senhora está chancelando o ato de verdadeiro banditismo que foi feito na região. Lamentável! Será que ainda está em tempo de voltar atrás?
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Gasômetro, 41 anos
Atenção, autoridades! Sumiu a placa em homenagem ao Capitão Sergio Miranda, também conhecido como Sergio Macaco, que se encontrava em frente ao antigo gasômetro. Até o presente quando estava sendo elaborado este informe não havia sido recolocada.
O militar é uma importante figura da história brasileira e graças a ele foi evitada uma tragédia que aconteceria se uma ação terrorista de meliantes da Aeronáutica sob o comando do Brigadeiro João Paulo Bournier explodisse o gasômetro.
Se não fosse o Capitão Sérgio Macacão, os meliantes explodiram o gasômetro e atribuíram o fato aos “subversivos” e assim poderiam desencadear uma violenta repressão. O Brasil tem um dever de gratidão ao Capitão Sergio Macaco e isso não pode ser esquecido.
O sumiço da placa em homenagem a este brasileiro ilustre é um crime, um ato de vandalismo. A Secretaria de Segurança está intimada a investigar o caso e a Prefeitura precisa imediatamente repor a placa.
Deixem as brigas e julguem
E os Ministros da instância máxima da Justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal, cidadãos acima de qualquer suspeita, estão peleando entre si. De toga ou sem, os ministros colocam as mangas de fora numa demonstração de que não são infalíveis, muito pelo contrário.
É preciso assinalar também que estão sujeitos a erros, como todos os seres humanos. Acertam também, claro.
Um dos erros mais polêmicos foi a decisão que dispõe estar em vigor a Lei da Anistia e conseqüentemente os violadores dos direitos humanos, sejam civis ou militares, não podem ser julgados.
Já a Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos não decidiu assim. Ao proferir uma de suas sentenças, sobre o caso Araguaia, a entidade exigiu do Estado brasileiro a localização dos restos mortais de combatentes assassinados. E de quebra ainda recomendou a revisão da Lei da Anistia assinalando que crimes contra a humanidade são imprescritíveis.
Como os ministros ainda não julgaram petição sobre os crimes continuados, já adiaram várias vezes sessão para esse fim, espera-se que os Ministros deixem as brigas entre si e julguem que seqüestros sem o aparecimento das vítimas continuam como crimes. Estão sujeitos a julgamentos, como os cometidos durante a época da ditadura civil militar vigente de 64 a 85.
Defender a soberania desagrada O Globo
O episódio Repsol na Argentina continua a render na mídia de mercado. Em um primeiro momento os analistas de sempre alertavam que a Petrobras poderia ser atingida pela medida. Tentavam criar o clima de anos atrás com a Bolívia, quando a direita brasileira só faltava exigir a invasão do país vizinho porque o governo Evo Morales havia adotado medidas de proteção à nação na área petrolífera.
Finalmente, depois de muita informação totalmente improcedente houve um acordo entre o Brasil e a Bolívia, para desagrado da mídia de mercado.
Agora, depois das advertências, os jornalões admitiram que a Petrobras não será afetada, mas a Argentina “está de pires na mão” pedindo socorro, segundo, como não poderia deixar de ser, O Globo.
Este jornal historicamente sempre se colocou contra governos que defendem a soberania. No caso argentino, o jornal seguiu a tradição.
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Frutos da invasão
O Iraque está colhendo os frutos da utilização pelas forças armadas dos Estados Unidos de armas químicas durante a intervenção militar iniciada há nove anos.
Desde então houve aumento de casos de câncer, leucemia, má formações congênitas, paralisia e danos cerebrais. Os bebês sofrem. As taxas de mortalidade infantil são alarmantes.
Segundo Nadim Al Hadidi, médico do hospital de Faluya, uma cidade iraquiana situada 65 quilômetros a oeste de Bagdad, só em janeiro último 672 bebês morreram como conseqüência das armas químicas.
A referida cidade, segundo ainda o médico Al Hadidi, é um dos locais no mundo onde nascem mais crianças sem cérebro, sem olhos ou com intestinos fora da cobertura abdominal.
Na ocasião dos confrontos foi denunciada a utilização pelos militares estadunidenses de armas com fósforo branco e urânio empobrecido. Agora, estão acontecendo fatos trágicos resultantes do uso de armas com o material mencionado.
Anistia Internacional denuncia
Na Líbia, a Anistia Internacional exortou o Conselho Nacional de Transição a agir imediatamente para investigar e julgar os abusos cometidos contra a comunidade tawargha de líbios negros. A Anistia se pronunciou dessa forma depois da morte de mais um integrante da comunidade na prisão de Misrata.
No último dia 16, o corpo de Barnous Bousa, de 44 anos, pai de dois filhos, foi entregue à família com o corpo marcado por ferimentos provocados por torturas, inclusive uma ferida aberta na cabeça. Como a mídia de mercado ocidental tirou a Líbia do noticiário, os jornalões e telejornalões destas bandas ignoram fatos dessa natureza.
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Pesquisas se confirmam na França
Conforme previam as pesquisas, François Hollande, do Partido Socialista, derrotou no primeiro turno o conservador e arrogante Nicolas Sarkozy.
Os franceses devem se livrar de vez de Sarkozy no segundo turno, a 6 de maio próximo, segundo indicam praticamente todas as pesquisas. Embora eleição só se decide mesmo nas urnas.
Como a França é uma espécie de tambor na Europa, possivelmente a vitória socialista, mesmo sendo um moderado, deverá ter reflexos em outros países.
De qualquer forma, se confirmadas mesmo as pesquisas, Hollande terá de ouvir o ronco das ruas contra as medidas de austeridade. Se não o fizer vai virar um Sarkozy. E poderá facilitar a vida de Marine Le Pen. Quem viver verá.
(*) Mário Augusto Jakobskind, jornalista e escritor jakobskind@terra.com.br

Um comentário sobre “Equívoco político”

  1. A presidenta Dilma parece não estar bem informada sobre o caráter(a falta) de Sérgio Cabral, típica figura de político profissional, intermediário de interesses privados e negligente com o interesse público sem pejo.A população do Rio de Janeiro vem senho maltratada, humilhada, sem contar com um transporte público digno que lhe dê segurança de chegar ao local de trabalho.Sabemos que a presidenta tem que aturar figuras do tipo por força de alianças partidárias.O que não é prudente é uma lider, que é o contrário da figura execrável do intermediário de plantão no estado Rio de Janeiro, nas solenidades, tratar o “parceiro” desses “empresários” utilizando-se de diminutivos “inhos”.Ora, a presidenta tem uma trajetória política percorrida por caminhos bem distantes do gabiru despolitizado do Rio de Janeiro. Tratar essa figura por “serginho”, além de soar muito falso, pois sabemos que Dilma não tem esse temperamento, poderá, esse tipo de tgratamento, ser utilizado contra ela, pela mídia, essa sim, “parceira” desse governador que já destinou recursos públicos do estado para uma “fundação” que leva o nome do infame proprietário da organização midiática golpista.Aqui no Rio, a presidenta deve saber que a bandidagem rés do chão, ordinariamente, trata com diminutivos seus membros. São os “inhos”…

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