Temos muito trabalho pela frente. Enquanto os níveis de pobreza têm registrado quedas significativas, o progresso não tem acompanhado essa tendência. Nosso sucesso impressionante em reduzir a pobreza para a metade não nos deve fazer esquecer o fato de que mais de 1,2 bilhão de pessoas ainda vivem na pobreza extrema em todo o mundo.
Muitos, especialmente mulheres e meninas, veem seu acesso vedado a serviços de saúde e saneamento adequados, a uma educação de qualidade e ao direito a uma habitação digna. Muitos jovens estão desempregados e não têm qualificações para responder às exigências dos mercados. A desigualdade crescente em muitos países, tanto pobres como ricos, está fomentando a exclusão de esferas econômicas, sociais e políticas e sabemos que os impactos das alterações climáticas e a perda da biodiversidade atingem os mais pobres com maior intensidade. Tudo isso mostra a necessidade de instituições fortes e com capacidade de resposta.
Precisamos fazer um esforço e ouvir e agir em nome daqueles cujas vozes não são geralmente ouvidas: pessoas vivendo na pobreza e em particular, os índios, as pessoas mais idosas, aqueles que vivem com deficiências, os desempregados, migrantes e minorias. Temos de apoiá-los em sua luta para fugir da pobreza e dessa forma construir melhores vidas para eles e suas famílias.
Se quisermos que o futuro que queremos seja para todos, temos de ouvir e prestar atenção aos apelos dos marginalizados. Ao longo do último ano, a ONU tem feito precisamente isso, liderando uma conversa global sem precedentes sobre o que as pessoas querem. Esse diálogo tem que continuar e levar à inclusão ativa e significativa as pessoas que vivem na pobreza, enquanto mapeamos um caminho para terminar com a pobreza em todos os lugares.
Juntos, podemos construir um mundo de prosperidade, paz, justiça e igualdade: uma vida digna para todos.”
Fone: UNIC-Rio