De corujas (lechuzas) y otros pájaros

O conhecidíssimo filósofo vitalista, sociólogo humanista, militante da igreja popular e literato, colaborador de Consciência, partilha com os/as leitores/as do diário, as seguintes reflexões do dia de hoje, 6 de abril de 2009.

Los pajaritos están cantando. Ou deveria dizer: os pássaros ainda cantam. Cada nuance, cada entoação, cria caminhos novos na linguagem. Na escrita, na escuta, na vida. Uma mudança, uma inflexão, um tom diferente, faz a diferença. Isto é o que, talvez, não tenham compreendido certos eruditos que, tendo lido Max Weber no original, nada entenderam. Ou, talvez, para não sermos tão taxativos, digamos que (enquanto isto escrevo, chove, passa um ônibus pela rua ao lado, soa o despertador) o pio de um pássaro pode, como em São Bernardo de Graciliano Ramos –há que aclarar isto, nem todos/as os/as leitores/as são brasileiros—criar um espaço no qual uma história transcorre. Um pio abre e um pio fecha a história de Graciliano. Um pio de coruja, para sermos mais exatos. Mal sabia o brilhante aluno do curso do Prof. Edmundo Campos Coelho no IUPERJ, sobre sociologia da literatura, o que era uma coruja. Talvez ainda não saiba, mas tem uma idéia. Coruja é mocho, lechuza, caburé, creio. O pássaro da sabedoria, para os filósofos. Se ao invés de eu ter dito “o pássaro da sabedoria”, tivesse escrito outro nome de coruja em espanhol, o texto teria seguido para outro lado. Já deves estar te perguntando aonde quer chegar toda esta conversa sobre pios de coruja ou de pássaros em geral. Não sei aonde quer chegar. Talvez tenha chegado já. Chegado ao fim. Bom dia.

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