Dois momentos de paz e de magia
que a trama da vida cria e tece:
um se dá quando a noite enfim fenece
e o segundo após o fim do dia.
É de lá que uma luz fina irradia
alma adentro até se dispersar,
cobre o céu, o horizonte, o rio, o mar,
só se esvai quando cumpre todo o rito.
O crepúsculo do campo é tão bonito
que Jesus se debruça para olhar.
Martim Assueros
06/02/2023
(Glosa feita por Martim Assueros a partir do mote cantado certa vez por Pedro Bandeira e Otacílio Batista: “O crepúsculo do campo é tão bonito / Que Jesus se debruça para olhar”)
Sociólogo e Educador Ambiental, 67. É coautor do livro “Brejos de Altitude em Pernambuco e Paraíba: História Natural, Ecologia e Conservação” (disponível aqui) e de cartilhas didáticas de educação ambiental (disponíveis aqui: série Joca Descobre…).
Belo texto, Assueros! Me traz lembranças das Rubaiyatas de Omar Khayyam. Aquele acolhimento fino no tecido do universo.