Estamos acostumados, acostumadas, a nos focalizar mais no distante do que no que está perto de nós.
Esta virada da mirada para o que nos diz respeito mais diretamente, nos põe em contato com a nossa história de vida.
O que fiz para sobreviver? O que fizeram outras pessoas?
A reflexão é pertinente porque nos reconduz ao que fizemos e podemos tornar a fazer novamente, caso necessário.
A escuta das vozes plurais que nos rodeiam nos enriquece, ampliando o leque de escolhas.
O sentido destas reflexões é o de trazer luz e esperança no cenário atual brasileiro
O foco da mídia e do paradigma cultural dominante é a domesticação, a obediência, o medo, a desconfiança, a impotência, a paralisia, o fatalismo.
Contrariamente, a nossa ênfase é e continuará a ser sempre a potenciação da experiência superadora.
A construção de vínculos solidários, o reforço da auto-estima, o fortalecimento de sensações e sentimentos de pertencimento.
O nosso fundamento e ponto de partida é que se pode.
Se pode enfrentar vitoriosamente o autoritarismo em qualquer esfera.
Quando falamos em enfrentar, é ver frente a frente, olhar na cara e saber que podemos seguir adiante.
O nosso pressuposto é o caráter constitutivo da pessoa, que a potencia a superar toda circunstância adversa.
A minha própria história de vida, revista nestes anos de pandemia, tão semelhantes a outras situações de confinamento e restrição de movimentos, têm me levado a revalorizar os recursos postos em prática antigamente.
Confiança num amanhã que brilha no meio da escuridão.
Confiança em mim mesmo, nos meus valores superiores, na minha capacidade de estender pontes.
Se pode. Você pode, eu pude, nós podemos.