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Operação do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio prende 19 suspeitos de fraude

Na Agência Brasil

Quatro grupos que supostamente fraudavam licitações e desviavam verbas públicas em 17 municípios no estado do Rio de Janeiro foram desarticulados em operação deflagrada hoje (24) pelo Ministério Público do estado com o apoio da Secretaria de Segurança Pública. A operação Uniforme Fantasma envolveu 170 policiais da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco), além de agentes da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP.

Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos supere R$ 100 milhões. Dos 28 mandados de prisão contra políticos, servidores públicos e empresários, expedidos pela Vara Criminal de Magé, no norte fluminense, 19 já foram cumpridos hoje. Constam na lista um ex-prefeito de Magé que se encontra foragido e seis secretários municipais de outros municípios, entre eles, a ex-secretária de Ação Social de Magé Renata Tuller e a atual secretária de Fazenda também de Magé, Núcia Cozzolino, irmã da prefeita do município, Núbia Cozzolino. Leia na matéria de Fabíola Ortiz, Agência Brasil.

O direito em conflitos armados e os jornalistas

O Direito Internacional Humanitário (DIH) só é aplicado uma vez em que há um conflito armado internacional estabelecido entre dois Estados ou em caso de ocupação estrangeira. Quem explica sobre a condição do correspondente de guerra é João Paulo Charleaux, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para países da América do Sul. Ele ironiza a cobertura da imprensa brasileira: “A imprensa diz que hoje há uma guerra no Rio de Janeiro. Talvez o jornalista não tenha noção quando fala em guerra, guerra à dengue, ao tráfico, para ela é tudo a mesma coisa”.

O Direito Internacional Humanitário (DIH) ou o Direito da Guerra só é aplicado uma vez em que há um conflito armado internacional estabelecido entre dois Estados ou em caso de ocupação estrangeira. Quem explica sobre a condição do correspondente de guerra e do jornalista internacional que vai cobrir uma guerra é João Paulo Charleaux, o responsável pela comunicação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para países da América do Sul, em encontro com estudantes do projeto Repórter do Futuro em São Paulo.

A conversa se deu durante o curso sobre “Jornalismo em Situações de Conflito Armado”, organizado pelo CICV junto com a OBORÉ (Projetos especiais em comunicação e artes) e a ABRAJI (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). O consultor jurídico do CICV, Gabriel Valladares, não pôde comparecer ao encontro no sábado, 27 de outubro.

O correspondente de guerra é uma classificação prevista na legislação internacional, mas diferentemente do jornalista que vai cobrir uma guerra o correspondente é o que acompanha um lado das forças armadas e cobre sob um único ponto de vista. “Hoje o jornalista é mais independente e está vinculado a um veículo autônomo”, diz.

Charleaux considera o jornalismo uma profissão perigosa, uma categoria híbrida, uma “condição sui-generis”. O jornalista é considerado um civil e tem os direitos civis – o maior e mais amplo direito em caso de guerra.

Contrapondo-se ao correspondente de guerra que vai ao lado das tropas, em caso de captura, ele se torna um prisioneiro de guerra. É o caso do embedded, “aquele que dorme na mesma cama”. Há um risco de ser identificado visualmente como parte da operação. Por isso, “temos muito que pensar antes de pegar uma carona com militares”.

João Paulo reconhece que os jornalistas têm sido alvo deliberado de ataque e confessa que não faria uma cobertura de guerra: “Eu nunca iria para uma guerra como jornalista. É um suicídio, é muito perigoso. Você não conhece o lugar, muitas pessoas vão querer te usar, é complicado”, afirma, embora reconheça que uma cobertura de guerra é “fundamental”.

Sobre a necessidade de se criar um estatuto específico para jornalistas, afirma: “A questão não é adotar um emblema que o identifique, todo mundo sabe reconhecer quem é um jornalista, a idéia é criar uma lei para enquadrar um ataque ao jornalista como crime de guerra”.

DIH: a quem protege?

Quanto aos direitos internacionais humanitários, afirma: “O DIH não diz quando o Estado pode ir à guerra, ou se ela é ou não legítima. O DIH regula a forma de fazer a guerra”. João Paulo explica que uma vez já estabelecido o conflito, o DIH vai regular “o que é ou não permitido fazer em campo de batalha e quais armas podem ser usadas”, além de proteger certas “categorias de pessoas”, como civis, náufragos, combatentes feridos e prisioneiros de guerra.

A legislação internacional de conflito armado comporta as quatro Convenções de Genebra e mais dois protocolos adicionais que reforçam a proteção às vítimas de conflitos armados internacionais, assim como a proteção de pessoas afetadas por conflitos armados internos.

O responsável pela comunicação do CICV resume o direito internacional humanitário em poucas palavras: “O DIH limita meios e métodos de guerra, regula as armas e munições usadas e os métodos que vão ser empregados”.

Em caso de guerra declarada, as forças armadas devem garantir o direito da sobrevivência dos civis, assim como não atingir alvos que não sejam para fins militares – hospitais, escolas e bens culturais. Segundo Charelaux, o direito internacional contempla o avanço das tropas, a necessidade militar, mas não pode promover danos extensivos, como envenenamento da água ou queima de poços de petróleo.

Quanto à questão das armas, João Paulo explica que o DIH legitima o uso de armas, “mas só aquelas que façam distinção militar, ou seja, não podem atingir alvos civis”. Ele cita o caso das minas antipessoais que detonam com o peso do corpo humano. “Ela é proibida”. As minas permanecem em terra muito tempo depois do conflito acabar.

É também o caso da cluster bomb, “arma tremendamente usada no Iraque e no Afeganistão pelos Estados Unidos”. São bombas disparadas por aviões e muitas munições não detonam ao atingir o solo – elas têm o efeito e as conseqüências de uma mina antipessoal, “são imprecisas e não confiáveis, não fazem distinção de alvo”. Para ser proibida, a arma deve distinguir quem vai ser atingido, “não pode causar sofrimento desnecessário, só atingir alvos militares”, complementa Charleaux.

A visita a pessoas detidas em prisões de guerra é um dos mais importantes trabalhos da Cruz Vermelha em todo o mundo. Sobre os prisioneiros de guerra, esclarece: “Ele não é um criminoso. É capturado por ser um combatente do lado adversário para impedir que participe em futuras operações militares”. O DIH assegura a integridade de prisioneiros, a tortura é considerada crime. Após o fim dos conflitos, os prisioneiros devem ser repatriados.

Guantánamo

Charleaux desmistifica: “É um erro pensar que a discussão de Guantánamo se limita apenas a prisioneiros de guerra”. Ele explica que ali nem todos são prisioneiros de guerra – aquele capturado em conflitos entre dois Estados. Há pessoas com nacionalidades de diferentes países que os Estados Unidos não mantêm hostilidade ativa.

Não é proibido capturar prisioneiros de guerra em um conflito internacional. Ele não pode ser interrogado ou julgado, apenas quando cometeu um crime. Ao prisioneiro é garantido o direito de receber visitas privadas pela Cruz Vermelha Internacional e o sigilo.

“Os EUA alegam que mantêm prisioneiros que tenham praticado atos contra os interesses nacionais norte-americanos”, afirma. Para ele, a dificuldade é dizer “quem é quem”. É preciso qualificar para não correr o risco de generalizar: “Os direitos aplicados são diferentes, para uns a Convenção de Genebra não vale”.

Guerra no Rio?

“Há confusão no uso de palavras genéricas na cobertura da segurança pública aqui no Brasil”, critica. Para ele, a imprensa não tem estado tão alerta para importância do papel que ela desempenha e a responsabilidade por fiscalizar certos atos. João Paulo aponta para confusões que a imprensa comete no Brasil, principalmente na cobertura policial. Para ele, a cobertura está voltada para sensações e “acaba se tornando episódica”.

Há uma ausência de critério para cobrir as situações policiais. Para se fazer uma cobertura de segurança pública, Charleaux dá a dica: é preciso saber as regulamentações e estar informado sobre o arcabouço jurídico. “A imprensa diz que hoje há uma guerra no Rio de Janeiro. Talvez o jornalista não tenha noção quando fala em guerra, guerra à dengue, ao tráfico. Para ela é tudo a mesma coisa”, ironiza.

Em outras situações de violência que não uma guerra internacional, Charleaux esclarece: o uso da força deve ser proporcional à força do adversário. Em conflito armado internacional, a força não é proporcional a do oponente, e sim de acordo com o objetivo. “Na guerra, não há proporcionalidade no uso da força uma vez que o alvo é legítimo e as armas são legais”, assegura.

Na polícia, o uso da força deve ser progressivo. Em coberturas policiais vale questionar se o uso da força foi necessário, se haveria outra forma de negociar e se o nível da força era proporcional às condições do adversário. “Em operações da polícia, é preciso buscar diferentes formas de abordagem que não apenas o uso da força”.

Fabíola Ortiz é estudante de jornalismo da UFRJ. Email: fabiola.ortizsantos@gmail.com

Comunicação ambiental precisa ter foco na educação, defende pesquisadora

Da Agência Brasil

Os veículos de comunicação precisam tratar o tema meio ambiente de forma educativa. Essa é a avaliação da professora da Escola de Comunicação da UFRJ Cristina Rego Monteiro que defende ainda uma mudança na abordagem dada pelos jornalistas.

“Nós precisamos ter uma perspectiva de mudança de paradigma na cobertura, não adianta trabalhar com notícias de escândalo e denúncias. A gente tem que ter uma visão quase pedagógica, didática e de conscientização, um jornalismo educativo e conscientizador”, disse.

Para Cristina Rego é preciso ter uma visão integrada da ecologia, e a “questão ambiental deve estar presente em todos os profissionais que trabalham com a comunicação”.

A professora participou, na manhã de hoje (6), da abertura da Semana Nacional de Comunicação Ambiental realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante toda a semana, pesquisadores, ativistas e profissionais do meio vão se reunir para discutir a educação ambiental com foco na comunicação.

O coordenador do evento, Gustavo Barreto, explica que o objetivo é integrar a perspectiva humana ao meio ambiente e formar novas gerações.

“O que inova nesse evento é o foco na comunicação voltado para a educação ambiental, formar novas gerações e não focar apenas nos desastres, na lógica das tragédias, a idéia é ter um olhar propositivo sobre o tema”, ressalta Barreto que é aluno de graduação e bolsista do Programa de Ensino Tutorial (PET).

Para o secretário estadual de meio ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, o meio ambiente é uma peça-chave para o desenvolvimento de qualquer país. Ele afirma que é necessária a incorporação de valores conscientes e de uma cultura ambiental, principalmente, por parte dos jovens.

“Hoje a sociedade não admite mais que o custo do desenvolvimento seja destruir as florestas, contaminar os rios, aumentar as emissões de gás aquecendo o clima e derretendo a geleiras. Finalmente caiu a ficha ambiental, nós queremos um desenvolvimento de qualidade”, destacou Minc.

A Semana de Comunicação Ambiental vai até o dia 8 de novembro no campus da Praia Vermelha, em Botafogo. A entrada é gratuita.

Tropa de Elite: a violência policial retratada no cinema brasileiro

Debate na UFRJ debate segurança pública, direitos humanos e narcotráfico com autores do filme e do livro que abordam a temática sob o ponto de vista de integrantes do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar.

“Quando fiz o filme do ônibus 174 com o ponto de vista da violência do Sandro Nascimento e sua história de vida, me deu uma idéia: por que não fazer um filme do ponto de vista da violência policial, daqueles policiais que mataram o Sandro”. Foi assim que José Padilha, diretor do filme Tropa de Elite – que atraiu um público de 180 mil espectadores só no fim de semana de estréia em São Paulo e no Rio de Janeiro –, deu início ao debate com alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, promovido pelo Fórum de Ciência e Cultura da instituição.

Após a exibição gratuita do filme para os estudantes universitários, na terça-feira (16/10), o debate reuniu centenas de alunos no teatro de arena do campus da UFRJ para um debate com o diretor e os três autores do livro Elite da Tropa (*), que deu origem ao longa-metragem.

O filme escolhido para abrir o Festival do Rio 2007, em setembro, teve seu lançamento nas telas de cinema antecipado para 12 de outubro. Contou com um orçamento de dez milhões e meio de reais, uma das produções mais caras do cinema brasileiro – é sucesso de público e crítica.

Capitão Nascimento e o BOPE

O filme é narrado por um policial do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar. Para Padilha, o personagem capitão Nascimento acredita profundamente que a violência deve ser combatida com a própria violência. “O policial que integra o BOPE é um caso extremo de uma polícia que acredita na violência como solução”.

José Padilha explica que sua opção por mostrar o lado policial vem do fato de que no Brasil não havia nenhum longa-metragem que abordasse este ponto de vista – a exemplo do Carandiru, Cidade de Deus e 174, que apresentam outras realidades.

Luis Eduardo Soares, um dos autores do livro, considera que as polícias, em especial do Rio de Janeiro, são as mais violentas do mundo. E apontou com dados, a título de comparação, que nos EUA a polícia é tida como a mais brutal e mata 200 pessoas por ano. Segundo ele, dados de 2003 apontam que houve mais de mil mortes no estado do Rio com “sinais claros de execução pela polícia”.

O sociólogo enfatiza os dados mais recentes de 2006 e 2007: ano passado foram 1.600 mortes, este ano já chegamos a 1.400. Em cinco anos, mais de quatro mil casos de pessoas assassinadas. E destaca: “É inaceitável conviver com essas estimativas”. Com o filme e o livro, Luis Eduardo Soares incita a mobilização da opinião pública para discutir a atuação da polícia e pôr em questão esses dados.

Rebatendo às críticas, o diretor afirma que nem o Sandro, nem o Nascimento são heróis – considerar algum deles como herói é “simplificar o entendimento do filme”. Para ele, é preciso ser capaz de olhar e entender o discurso policial, assim como o do Sandro retratado no documentário ‘174’.

“A minha idéia era fazer um filme que as pessoas debatessem”, disse. Padilha considera que o BOPE é um batalhão treinado para a guerra de caça aos traficantes. O BOPE é retratado no filme ambientado em 1997. Na época 120 homens compunham a corporação, hoje o batalhão já tem mais de 400. “Em uma cidade que precisa ter esse tipo de polícia especial, já temos um sério problema. Não deveria existir uma polícia como essa, não resta a menor dúvida que ela precisa ser mais humana e respeitar a lei”.

Luis Eduardo Soares destaca que a sociedade tende a generalizar os policiais como se fossem os principais agressores. “Eles também são vítimas”, afirma o sociólogo, que acrescenta: “O BOPE é como uma seita. Há um processo de institucionalização da violência. O capitão Nascimento é fruto da construção de uma identidade selvagem”.

De acordo com Soares, há dois grandes problemas na polícia: a corrupção e brutalidade. E sobre livro, ressalta que “há um processo histórico da política de segurança pública que está padronizando as atitudes rígidas. Os policiais são também vítimas, antes mesmo de serem apontados como algozes”.

Rodrigo Pimentel concorda e afirma: “A polícia reproduz as violências, os preconceitos e a corrupção da sociedade carioca. A nossa sociedade é violenta, é corrupta e aceita o falso herói como o Nascimento. A polícia acaba fazendo uma réplica da violência destes valores sociais”.

José Padilha enfatiza que o filme não tem como pretensão demarcar uma posição político-partidária. E rebate as críticas: “No 174 me perguntaram se eu era radical de esquerda. Neste [Tropa de Elite], se eu sou radical de direita. Isso seria politicamente inviável”, ironiza. De acordo com o diretor, há uma noção equivocada de que a arte deve sempre propor soluções e abordar toda a realidade: “Isso não é verdade”.

A descriminalização das drogas

“O filme mostra que o usuário recreativo de drogas – aquele que não é viciado e pode escolher comprar ou não – sabe de quem está comprando [se referindo aos grupos armados nas favelas]”. Para o diretor, o filme coloca a questão se aquele que consome drogas está financiando ou não grupos armados.

Já Luis Eduardo Soares é mais contundente: “É claro que as drogas financiam as armas”. O filme aponta para uma sociedade que coloca o consumidor numa situação complicada: “Ou ele compra de grupos armados e acaba financiando a violência urbana, ou não consome”.

Este debate suscita uma polêmica ainda maior: a descriminalização das drogas. Padilha se pergunta por que a droga tem que ser criminalizada e a bebida não. Sobre isso, responde: “Sou a favor da descriminalização das drogas. As pessoas devem escolher o que elas fazem. Se eu quero comprar maconha, o que o Estado tem a ver com isso?”

Porém, o diretor de Tropa de Elite questiona se, com a descriminalização, a violência urbana diminuiria. “Tenho minhas dúvidas, toda vez que se combate o tráfico de drogas aumentam os seqüestros e homicídios”.

Pirataria

Mas não só de críticas e de bilheteria que o Tropa de Elite virou um fenômeno. Também bateu o recorde da pirataria. Segundo pesquisa do Datafolha, só em São Paulo cerca de um milhão e meio de pessoas já assistiu ao DVD pirata. No dia 11 de outubro, foram apreendidos em todo o Brasil mais de 1 milhão de CDs e DVDs pirateados – Tropa de Elite representou 10% de toda a apreensão.

A cópia foi vendida nos camelôs dois meses antes da estréia do filme e ainda não era a sua versão final. Além do Rio e São Paulo, os DVDs piratas podiam ser comprados nas grandes cidades como o Distrito Federal , Belo Horizonte e Salvador. Na internet, mais de 70 mil sites oferecem o filme para download.

Sobre o fenômeno que popularizou o filme, Padilha não nega que tenha ganhado mais projeção, mas mesmo assim considera a pirataria crime. “A pirataria envolve sonegação fiscal, não paga impostos nem reconhece direitos trabalhistas ou dos consumidores. Eu sou a favor de um cinema mais barato, mas piratear não é a solução”.

Em resposta a uma sugestão da platéia de fazer um filme sobre os verdadeiros “chefões do tráfico”, Padilha garante que o próximo filme será sobre o Congresso Nacional. O roteiro está sendo escrito junto com o compositor Gabriel Pensador.

(*) O livro foi escrito pelo sociólogo Luis Eduardo Soares, por André Batista e pelo ex-capitão do BOPE que atuou 6 anos na corporação, Rodrigo Pimentel. Fabíola Ortiz é estudante da Escola de Comunicação da UFRJ e colaboradora da Revista Consciência.Net.