Resolvemos ir até a porta do fórum da ONU para denunciar que existem visões e temas que não estão contemplados naquele espaço como a criminalização dos movimentos sociais, da pobreza e os prejuízos que megaeventos como os jogos olímpicos tem provocado nas cidades sede”, disse Valério da Silva, da Fundação Bento Rubião.
Durante o trajeto, que incluiu a Rua Primeiro de Março e a Avenida Rio Branco, umas das mais movimentadas do Rio, faixas e bandeiras denunciaram as injustiças de uma “cidade-empresa”. O panfleto entregue à população nas ruas criticava a atual visão de governantes e empresas sobre o que é “progresso” urbano.
“Hoje em dia tudo vira mercadoria. Educação, saúde, transporte, moradia, comunicação e até a natureza! A exploração de recursos naturais é desenfreada. Transnacionais procuram se instalar em países periféricos na busca de mão de obra barata e leis ambientais flexíveis. Indústrias chamadas “sujas”, como as siderúrgicas, se encravam em bolsões de pobreza, gerando injustiça ambiental. Isso é desenvolvimento?”, questiona o documento.
Os organizadores do Fórum Social Urbano avaliam que o fórum da ONU não rompe com um modelo competitivo e injusto para as cidades, já quem em outras edições o FUM deu prioridade em suas agendas para governos, empresas e instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no lugar da participação popular.
De forma lúdica, a manifestação também contou com a leitura de poesias de cordel e músicas de grupos de Hip Hop da comunidade Jorge Turco, da Zona Norte do Rio. Um grupo de teatro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) uniu campo e cidade na busca por justiça.
“Não temos como falar dos problemas da cidade sem nos lembrarmos como foi o processo de industrialização do Brasil. Esse processo, que aumentou a concentração da terra na mão de poucos, fez com que as pessoas do campo fossem para as cidades. Acreditamos que a reforma agrária é uma das ações necessárias para a solução de conflitos urbanos. Por isso estamos no Fórum Social Urbano” ressaltou Marcelo Durão, do MST.
Depois do ato público, os ativistas partiram em direção ao Centro Cultural da Ação e Cidadania, que fica a 300 metros de onde ocorre o fórum da ONU. A proposta do Fórum Social Urbano é criar um espaço onde participantes do Brasil e do mundo possam trocar suas experiências para a busca da construção de outra cidade: democrática, igualitária, comprometida com a justiça social e ambiental.
Até o dia 26 de março, último dia do evento, são esperados 10 mil participantes no FSU. São mais de 150 atividades programadas – entre palestras com especialistas de várias partes do mundo, debates, oficinas, intervenções e atividades culturais – em quatro eixos temáticos: Criminalização da Pobreza e Violências Urbanas; Megaeventos e a Globalização das Cidades; Conflitos Socioambientais nas cidades e Justiça Ambiental, e Grandes Projetos Urbanos e Áreas Centrais e Portuárias.
Relato originalmente publicado no blog do Forum Social Urbano e escrita pela Comissão de Comunicação do FSU, com a qual colaboram diversas iniciativas de comunicação alternativa/comunitária, inclusive este Fazendo Media. Fotos: Gabriel Bernardo/Fazendo Media.
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