Ataques violentos ao redor do mundo tiram a vida de 28 funcionários da ONU em 2009

Em janeiro de 2009: Funcionário da agência da ONU para os refugiados palestinos observa estragos provocado pelo ataque israelense às instalações da entidade na Cidade de Gaza. Israel ataca de forma recorrente instalações das Nações Unidas, sempre com vítimas civis. (Foto: AP e G1)
Em janeiro de 2009: Funcionário da agência da ONU para os refugiados palestinos observa estragos provocado pelo ataque israelense às instalações da entidade na Cidade de Gaza. Israel ataca de forma recorrente instalações das Nações Unidas, sempre com vítimas civis. (Foto: AP e G1)

Vinte e oito funcionários civis e sete “capacetes azuis” foram mortos em ataques mortais durante o ano de 2009, informou o Sindicato dos Funcionários da Organização, pedindo aos Estados-Membros que assinassem um tratado global de proteção aos funcionários da ONU. Mais de dois terços das vítimas eram funcionários nacionais empregados por agências da ONU para contribuir nos esforços humanitários de seus próprios países.

Dezesseis funcionários civis da ONU foram mortos em incidentes violentos isolados no Paquistão e no Afeganistão; cinco morreram trabalhando para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) no Oriente Médio durante as operações militares israelenses na Faixa de Gaza e dois perderam suas vidas na Somália.

Entre os mortos estava uma professora de inglês palestina de 23 anos que trabalhava numa escola da ONU em Gaza, um monitor somali do Programa Mundial de Alimentos (PMA) que foi baleado e jogado na estrada do caminhão do PMA que os assassinos usaram para fugir, um motorista paquistanês que trabalhava para o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) que foi baleado durante o sequestro de John Solecki, responsável pelo escritório da entidade em Quetta, na província de Baluchistão.

Um dos piores incidentes ocorreu quando uma casa de hóspedes em Cabul foi atacada a tiros, matando cinco funcionários, incluindo dois seguranças que enfrentaram os atiradores, permitindo a fuga de vários de seus colegas.

Além disso, seis membros dos “capacetes azuis” que trabalhavam na missão de paz da ONU em Darfur (UNAMID) morreram em três incidentes diferentes e o vice-comandante da Força da ONU no Sudão (UNMIS) foi morto quando estava de férias no Paquistão.

“Mais uma vez os funcionários das Nações Unidas tiveram que pagar com a vida seus esforços para ajudar as populações em perigo”, disse o presidente do Sindicato dos funcionários da ONU, Stephen Kisambira. “Um tendência particularmente inquietante continuou no ano passado: ataques deliberados no Afeganistão, Paquistão e Darfur para intimidar e prejudicar as Nações Unidas. É frustrante que praticamente ninguém foi até hoje levado à justiça”.

O Sindicato lembrou que 2007 foi um dos anos mais terríveis para os funcionários da ONU, com a morte de 42 pessoas, incluindo as 17 que morreram em um atentado terrorista em instalações da Organização em Argel; em 2008, 34 funcionários perderam suas vidas.

Kisambira também lembrou que infelizmente, 15 anos após a adoção da Convenção sobre a Segurança do Pessoal das Nações Unidas, menos da metade dos 192 Estados-Membros da ONU ratificou o documento.

Com informações do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)

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