Artigo: Santa a Aracruz? Malditas as Mulheres?

Frei Gilvander Moreira

No dia 20 de janeiro deste ano (2006), a Aracruz Celulose mobilizou helicópteros, bombas, armas, tratores e 120 agentes da Polícia Federal, para destruir duas aldeias e expulsar 50 pessoas dos povos indígenas Tupiniquim e Guarani de sua terra tradicional, no município de Aracruz, Espírito Santo. Na mídia, não se viu nenhuma mãe Tupiniquim ou Guarani com seus filhos chorando, nenhum ministro do Governo condenando a ação, ou mesmo o dono da empresa lamentando a violência.

No dia 08 de março último, Dia Internacional da Mulher, mais de mil mulheres da Via Campesina ocuparam um centro de pesquisa da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul. Destruíram 1.000.000 de mudas de eucalipto e danificaram pesquisas que fortaleceria a monocultura do eucalipto, pau reto que entorta a vida do povo. A mídia, latifúndio da comunicação, esbravejou contra as Mulheres condenando-as. Mostrou dezenas de vezes uma pesquisadora da Aracruz chorando (…) Leia na Agência Adital.

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