| ‘Consciência’..Conheça
o primeiro livro de Renato Kress
O
primeiro livro de Renato Kress,
Consciência, é a publicação
que deu origem ao nome atual da revista, criada por Renato e por Gustavo
Barreto. O lançamento oficial aconteceu no dia 12 de dezembro de
2000 no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, mas só agora
chega às mãos dos conscientes.net que ainda não
tiveram a oportunidade de conhecer a obra.
O livro foi lançado
pela Editora Garamond e tem o prefácio de Chico Alencar, professor
de História, escritor e deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro.
Para quem tiver interesse em adquirir o livro, basta enviar um e-mail para
consciencia@consciencia.net,
ou ainda contactar o editor Gustavo pelo telefone (21) 8141-3313, e fazer
a solicitação, que será prontamente atendida. O custo
do livro é de R$ 23,00 (território nacional) e R$ 25 (território
internacional). As despesas de envio já estão incluídas.
Confira as informações gerais da publicação,
o texto da 'orelha' do livro e o prefácio escrito pelo historiador
Chico Alencar.
Informações
gerais
Consciência / Renato
Kress - Rio de Janeiro: Garamond, 2000.
Ensaio político-econômico/Romance.
14x21 cm ; 252 páginas.
Texto
da 'orelha'
Creia ou não o leitor,
Renato Kress escreveu este livro aos 16 anos. Hoje, ao ser publicado, ele
tem 18. Esta informação parece pouco verossímil, pois
não se trata de um livro "para a juventude" (embora a juventude
possa, e certamente irá, desfrutar de sua leitura). Também
não é um livro romântico ou sentimental (embora os
espíritos sensíveis encontrem nele a delicadeza das emoções
sinceras). Nem muito menos um livro de ação (embora os apreciadores
de emoções fortes dificilmente se decepcionem com ele).
Este livro é, antes de
mais nada – e já o título diz a que veio –, um livro de reflexão
e de consciência. Reflexão, claro, na mente de um jovem protagonista
que faz lembrar as grandes figuras da literatura “rebelde”. E cujas idéias,
na verdade, independem de sua idade cronológica, já que o
objeto de suas maduras análises é a sociedade injusta e cruel
que nós, habitantes do planeta, constituímos neste limiar
entre dois milênios.
E é aqui que se pode
comprovar a agudeza da lâmina com que Renato Kress retalha o nosso
triste mundo, hoje à mercê de interesses poderosos. De maneira
demolidora, destrincha os mecanismos perversos de dominação
e de exploração, aponta causas e procedimentos, denuncia
a covardia e o imobilismo. Sua arma? Simples: a Consciência.
Mas não pense o leitor
que estamos diante de uma obra enfadonha, dessas que pretendem anunciar
a verdade universal e prescrever panacéias pré-fabricadas
para a questão social. Não, sua qualidade é justamente
esta: a crítica e a reflexão encontram-se envolvidas em uma
história sensível e cheia de verdade, magnificamente bem
escrita por alguém que, desde já, podemos apontar como um
dos bons escritores que o Brasil está gestando para o terceiro milênio.
[O Editor]
A consciência
que dá esperança
Por
Chico Alencar
Confesso
que cheguei aos originais do Renato Kress com boa dose de preconceito:
- Ainda
quase um menino e querendo fazer obra de ficção... pensei
com meus botões.
Ainda bem
que foi só com eles, e ainda por cima eu estava deitado, sozinho
e sem camisa, quando comecei a ler Consciência. Pois minha
impressão apressada e superficial num instante se desfez. Logo na
primeira página o autor me cutucou, involuntariamente: "não
estereotipar as pessoas", diz Henrique, o personagem central composto,
creio eu, por muitos elementos autobiográficos (e por isso muito
autêntico). Foi difícil parar de ler.
Imagino
que a rapaziada, dos 14, 15 aos 30 anos, vai se identificar demais com
os cenários e situações criados pelo jovem autor:
moços em busca de si mesmos, de seu papel na sociedade. Drogas,
músicas, a experiência novidadeira de sair do ninho familiar
e encarar a quitinete. A companheira que acarinha, divide, cobra, prepara
outra pessoa: centralidade do amor. Mil descobrimentos. O primeiro namoro
pra valer, o primeiro trabalho, a primeira moradia própria, o primeiro
discurso diante da galera. Diálogos rápidos e diretos. Humor
e ironia típicos da geração aqui chegada nos anos
80. Sensualidade, "azaração" e ousadia próprias dessa
faixa etária, na qual tudo é risco para quem se dispõe
a encarar a vida fora da proteção familiar. Euforia e depressão
se alternando com freqüência. Reflexões mais longas que,
embora esbarrando aqui e ali num tom meio doutrinário, são
novidades no universo de uma juventude arrebanhada acriticamente para o
consumismo. Ler Consciência me deixou saudosista. E isso,
quando não paralisa, faz bem à saúde: o vivido justifica
o tempo presente, somos a soma do que fomos. Renato, com seus 33 capítulos,
me fez recuar no tempo: revivi os "anos rebeldes" e aprendi, contrariando
todas as observações empíricas que ando fazendo, que
ainda há uma juventude disposta a ter sonho sempre. Que não
aceita demitir-se da cidadania para se satisfazer com o papel passivo de
cliente ou consumidor de coisas. Renato revela, em seu texto, que nem todos
foram "videotizados". A mocidade de classe média que chega às
universidades brasileiras está preocupada com o mercado de trabalho,
sim, mas segue ávida por informação, diversão
e oportunidade de criação. Espera e tenta construir um novo
país.
O escritor
estreante promete. Pelo menos foi o que senti ao ler seu romance realista,
quase crônica, que volta e meia me fez recordar passagens de O
apanhador no campo de centeio, Porcos com asas e Feliz ano
velho, quase desbotadas na minha memória. É animador
saber que alguém tão jovem é capaz de dedicação,
concentração, invenção e capacidade de redação
tamanhas! Reengenharia da utopia.
Consciência
tem valor de primícias, frescor de fruta matinal, hálito
e pele de juventude que mergulha fundo na água nem sempre cristalina
da existência. Sua principal qualidade é fazer a gente acreditar
no Brasil e na humanidade: afinal, ambos continuam gerando pessoas que,
apesar da pouca idade, sabem comunicar sua generosa solidariedade e seu
admirável idealismo. Leia Consciência, rejuvenesça.
Chico Alencar é
professor de História, escritor e deputado federal (PT/RJ).
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