Apostar nos valores mais perversos só rebaixa os humanos e a Mãe-Terra

Novo Nero é sujeito-ente plural
Reduzi-lo a um só é fantasia
Pois somente a ingênuos serviria
Importante indicar raiz do mal
Reverter esta quadra infernal
Apostar só em quem está na “serra”
Sem punir figurão que tanto berra
E no crime mantém-se sempre imerso
Apostar nos valores mais perversos 
Só rebaixa os humanos e a Mãe-Terra 

 

Violento, arrogante, mentiroso
Plutocrata, racista, delinquente
Homofóbico, incapaz, insana mente
No sofrer da mãe Terra sente gozo
Ser misógino, necrófilo, odioso
Tem prazer, todo dia, em gerar guerra
A regime nazista bem se aferra
Vive longe da arte, odeia versos
Apostar nos valores mais perversos 
Só rebaixa os humanos e a Mãe-Terra 

 

Ao poder do império está sujeito
Infiel, desdenhando a própria gente
Sem postura, mendaz, irreverente
Favorece a seu fã, em qualquer pleito
Mesmo a custa do povo que o fez eleito
Segue sempre recurso à motosserra
Contra índios e negros sempre berra
Patriota se sente: é o reverso
Apostar nos valores mais perversos 
Só rebaixa os humanos e a Mãe-Terra

 

Com frequência, rebaixa seus amigos
Muitas vezes, o faz publicamente
Sem remorso, pois culpa alguma sente
A figuras qual Nero, às vezes ligo
Seus mais próximos, já viram inimigos
Faz promessas, em meio dessas guerras
Volta atrás insania encerra
Algo diz, e declara o inverso
Apostar nos valores mais perversos 
Só rebaixa os humanos e a Mãe-Terra

 

Quem investiu, afinal, na triste via
Embarcando de vez nessa jogada
Só agora se sente atraiçoada
Por aquele que do plano se desvia?
Posição que se mostra bem vazia…
E ao próprio agora movem guerra
Tal postura um engodo então encerra
Em sua onda surfaram estando imersos
Apostar nos valores mais perversos 
Só rebaixa os humanos e a Mãe-Terra

 

João Pessoa, 14.05.2020

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