A ética, o governo, e a greve docente

Duro com os educadores federais em greve há mais de três meses, o governo mostra mais uma vez a distância, sempre enorme, entre as posturas dos que se opõem ao poder, antes de chegar o poder, e no poder.

Isto não é nenhuma novidade, mas é lamentável. É desta forma como a política se desmoraliza cada vez mais. Os que antes de chegar ao poder, bradavam por justiça social, quando podem mudar as coisas no sentido de maior equidade, viram a casaca, agem como os oligarcas e os direitistas.

O Brasil “que vai pra frente” embora o povo fosse para trás, está de volta, agora pela mão dos que pareceram ser de uma outra perspectiva. Opositores ontem, hoje prosseguem com a prática da exploração dos trabalhadores.

A história vai lhes cobrar, embora possam pedir, como o General Figueiredo e FHC (vejam as coincidências) ao terminarem seus mandatos, para serem esquecidos. O povo não esquece. E as traições dos opositores de ontem, hoje mandantes ao serviço da exploração, serão lembradas.

Isto não deve levar a conclusões pessimistas, mas a uma maior atenção para outras formas de fazer politica que, por estarem afastadas do poder e das suas benesses, podem ser mais imunes às tentações do dinheiro e dos privilégios.

Refiro-me, obviamente, àquela política que consiste em mudar de dentro para fora, em pequenos âmbitos. Agir consequentemente em direção a formas de relacionamento social mais justas, mais em harmonia com a condição humana que, efêmera, exige compromissos para que a pessoa e as comunidades sejam, de fato lugares de realização de um ideal que transcende as conveniências em favor de um todo integrador que nos inclua.

Um comentário em “A ética, o governo, e a greve docente”

  1. Por que não há esta firmeza,DO GOVERNO que ao meu ver,seria mais adequada no caso dos mensalões que sempre acaba em pizza.Nesta situação da Educação nada se faz de sério para que se conduza o educando a ter uma consciência mais abrangente sobre o nosso País.E para que os nossos Educadores sintam-se realmente,construtores de mentes e corações de um povo,com salários DIGNOS.

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