A ameaça de morte a Luiz Couto

Independentemente do juízo que possa merecer a pessoa, o partido a que pertence, a igreja à qual pertence também, o parlamento do qual é membro, a sociedade e o Estado, o país ou a raça a que pertença, a ameaça de morte a Luiz Couto, membro do Partido dos Trabalhadores, da Igreja Católica paraibana, do Parlamento Nacional brasileiro, da raça humana, é algo de muito grave. Muito grave mesmo. Desestabiliza a pessoa. Luiz Couto estava no hospital ontem à noite.

Uma ameaça de morte lembra de outras ameaças de morte. A partir de um momento na vida, tudo torna-se uma recordação, uma lembrança. Recordar (ri-cordis) nos recorda Eduardo Galeano, é trazer de novo ao coração. Quando as ameaças de morte começaram, na Argentina dos anos 70, a grassar a torto e a direito, todo mundo escondia a cabeça.

Quando ameaçaram o deputado Ortega Peña, do peronismo revolucionário, muitos disseram: eu não sou peronista, não sou revolucionário, nada vai acontecer comigo. Aconteceu. Contigo, comigo, com todos nós.

Não estou aqui para contar histórias que não quero que se repitam. Apenas sei que as histórias que esquecemos, se repetem. Luiz Couto hoje, amanhã você, eu, nós. Você vai querer? Eu nãooooo!

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