Estudo liga fusões nos bancos a demissões

Fazendo Media – O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou um estudo que mostra em detalhes como as fusões e aquisições ocorridas nos últimos anos provocaram milhares de demissões no setor bancário, “como forma de reduzir os gastos totais e, em particular, as despesas de pessoal”, segundo trecho da nota técnica.

“O documento chega num momento importante, quando a categoria luta para que a fusão entre o Santander e o ABN não traga como consequência novas demissões protagonizadas pelo Santander. Os bancos falam muito em responsabilidade social, mas não pensam duas vezes na hora de colocar pais e mães de família na rua, apesar dos fantásticos lucros que registram todos os anos”, destaca o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários de São Paulo (SEEB/SP), Luiz Cláudio Marcolino. Leia aqui.

Rede Globo: falsificações são grosseiras, diz perito

Eduardo Sales, Brasil de Fato – Uma análise do Instituto Del Picchia atesta que os documentos relacionados à transferência de ações para o grupo de Roberto Marinho são apócrifos (elaborados após a data da negociação) e montados, segundo laudo. Essa é a principal argumentação da família Ortiz Monteiro que contesta a venda da TV Paulista – atual Rede Globo de São Paulo – para as Organizações Globo.

O laudo foi feito com base nos documentos apresentados pelos advogados que fizeram a defesa da Globo e constam da ação judicial. Tratam-se de papéis fotocopiados; os originais teriam desaparecido, segundo os advogados da família Marinho. Um comportamento que levanta suspeitas. “Quem é que deveria ter a obrigação de ter os originais? Ela (Rede Globo) invoca a sua própria incúria para impedir perícia”, salienta ao Brasil de Fato Celso Mauro Ribeiro Del Picchia, perito responsável pelo laudo. Leia aqui.

Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros é destaque na Conferência no México

Terminou nesta sexta-feira, 29 de fevereiro, a I Conferência Mundial de Cineclubismo, promovida pela Federação Internacional de Cineclubes na Cidade do México. Reuniram-se no Museu Carrijo Gil representantes da Itália, Espanha, Cuba, Brasil e Argentina, com contribuições virtuais da Colômbia e de Burquina Faso. Participaram, igualmente, representantes dos poderes executivo e legislativo do país e do Distrito Federal, além de grandes nomes da cultura e do cinema mexicanos.

Distribuídos em 7 mesas de debate, examinaram assuntos de interesse para o cineclubismo que experimenta uma fase de grande expansão e organização marcada pela aproximação e colaboração dos cineclubes em seus países, continentes e em escala global. A Conferência ocorreu dentro das inúmeras atividades do 5º Festival Internacional de Cinema Contemporâneo. Leia mais clicando no título.

Saúde gasta R$ 4 bi com vítimas da violência

Jornal O Dia – O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Osmar Terra, informou que a violência – uma das principais causas de morte no Brasil – sobrecarrega o sistema de saúde e custa cerca de R$ 4 bilhões, ao ano, para as três esferas de governo. Segundo ele, a violência é a sétima causa de morte entre as mulheres, e a quarta entre os homens.

O problema também influencia a vida das pessoas, que teriam mais medo de ser alvo da violência do que de adoecer. “Essa é uma preocupação de todos. Cada cidadão se angustia com a questão da violência muito mais do que com problemas que matam estatisticamente mais como o câncer e os acidentes do coração”.

Durante seminário sobre a influência da violência na saúde, o presidente do Conass defendeu a aplicação integrada de políticas sociais em áreas como moradia, emprego, alimentação e lazer com o objetivo de trabalhar preventivamente no combate à violência. O evento reúne representantes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de outras áreas como a segurança pública. Leia mais clicando no título.

SC: Povos Kaingang e Guarani vão a Brasília reivindicar regularização de suas terras

Cimi – Entre 25 e 28 de fevereiro, uma comitiva com 12 representantes de cinco aldeias dos povos Kaingang e Guarani de Santa Catarina esteve em Brasília para reivindicar a regularização de suas terras e fazer demandas em outras áreas como educação, moradia e segurança alimentar. Um dos principais objetivos da viagem foi protestar contra os Projetos de Decreto Legislativo (PDCs) do deputado federal Valdir Collato (PMDB/SC) que visam sustar os efeitos de quatro Portarias de declaração de terras indígenas em Santa Catarina.

No dia 26, as lideranças foram recebidas pelos deputados federais Luiz Couto (PT/PB) e Pedro Wilson (PT/GO). Wilson é responsável pelos pareceres da Comissão de Direitos Humanos sobre os PDCs de Collato. Na reunião, ele afirmou que os pareceres são contrários aos PDCs. Os Projetos se referem às terras Toldo Pinhal, Toldo Imbu, Xapecó e Guarani do Araça´í, declaradas em abril de 2007. Leia mais aqui.

Lésbicas fazem protesto na África por cidadania gay

AthosGLS e BBC – Mulheres lésbicas de vários países da África fizeram nesta quarta-feira, dia 27, pedidos em público para que os governos párem de tratar os homossexuais como criminosos. Elas se reuniram convocadas por 75 ativistas que se reuniram em uma conferência na cidade de Maputo, a capital de Moçambique. A Coalisão de Lésbicas Africanas pediu na conferência que o debate sobre a discriminação contra gays no continente fosse destaque. A porta-voz do evento, Fikile Vilakazi, disse à reportagem da BBC que o protesto é necessário como resposta à homofobia que predomina na África. Leia clicando no título.

SP: Continua impasse sobre manutenção de serviço que atende 15 mil pessoas envolvidas no ciclo de violência

Na última terça-feira, 26 de fevereiro, representantes dos Serviços de Proteção Jurídico-Social e de Apoio Psicológico da cidade de São Paulo (CEDECA’s), autoridades do Poder Judiciário Estadual, personalidades da defesa dos direitos humanos e os vereadores da Comissão de Direitos Humanos realizaram Audiência Pública na Câmara Municipal de São Paulo. Entidades comentam declarações do Secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

Em pauta, a extinção do Serviço de Proteção Jurídico-Social e Apoio Psicológico na cidade, que atende, anualmente, 15 mil pessoas, envolvidas em situação de risco pessoal e social. O Secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Sr. Floriano Pesaro, apesar de formalmente convidado, não compareceu, e foi representado pela Sra. Gleuda Apolinário, assessora técnica da Secretaria.

Manteve-se o impasse sobre a situação dos encaminhamentos da população atendida – crianças, adolescentes e familiares – já que o referido serviço será extinto em 31 de março de 2008 e a nova regulamentação da Secretaria não garante atendimento a esta população.

Foi decidido que os representantes das entidades, os vereadores da Comissão de Direitos Humanos e as autoridades do Poder Judiciário se reuniriam com o Secretário até a próxima sexta-feira, dia 29 de fevereiro. No entanto, até o momento, o Secretário não disponibilizou agenda.

Mais informações:

  • Rosalina Santa Cruz Leite, coordenadora do Projeto Refazendo Vínculos, Valores e Atitudes – PUC/SP. Tel.: (11) 3670-8255
  • Gabriel de Carvalho Sampaio, advogado do Projeto Refazendo Vínculos, Valores e Atitudes – PUC/SP. Tel.: (11) 9447-4975
  • Eduardo Faiola, advogado do Espaço de Convivência Meninos e Meninas do Belém. Tel.: (11) 9608-9111

NOTA DE ESCLARECIMENTO DOS SERVIÇOS DE PROTEÇÃO JURÍDICO-SOCIAL E APOIO PSICOLÓGICO SOBRE AS DECLARAÇÕES DO SR FLORIANO PESARO, SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Considerando todo o conteúdo jornalístico veiculado nos dias 27 e 28 de fevereiro acerca do impasse entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e os Serviços de Proteção Jurídico-Social e Apoio Psicológico da cidade de São Paulo, que deixará cerca de 15.000 pessoas sem atendimento no próximo dia 31 de março, as Entidades co-gestoras da metodologia e execução do respectivo serviço vem, através desta nota, apresentar seus esclarecimentos sobre as declarações do Sr. Secretário da pasta, Floriano Pesaro.

Em primeiro cumpre esclarecer que a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) extingue no dia 31 de março de 2008 os Serviços de Proteção Jurídico-Social e Apoio Psicológico e não os CEDECAS (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente).

Entende-se por Serviço de Proteção a política pública de atendimento com previsão legal no Estatuto da Criança e do Adolescente – artigo 87, inciso V.

Já os CEDECAS são entidades autônomas, de natureza privada, que promovem a discussão acerca dos direitos das crianças e adolescentes, sem o caráter de política pública.

Em segundo lugar, conforme notícia veiculada no site G1 em 27 de fevereiro intitulada “SP corta convênios com ONGs que atendem crianças vítimas de violência”, gostaríamos de lamentar a declaração do secretário Floriano Pesaro ao que chamou de “circo”, referindo-se à audiência pública realizada na câmara Municipal de São Paulo, no último dia 26.

Certamente, para a população da cidade de São Paulo usuária dos Serviços, o “circo” significa o exercício de cidadania e a realização da promoção e dignidade da pessoa humana, que é inerente ao Estado Democrático de Direito.

O que aconteceu na Câmara Municipal foi um ato legítimo, aprovado pelos vereadores da Comissão de Direitos Humanos, e que contou com autoridades do Poder Judiciário, da Defensoria Pública, da Igreja e da Sociedade Civil Organizada, todos afetos à problemática juvenil da cidade.

Portanto, considerar como “circo” o pleno exercício da democracia seria, ao menos, uma indelicadeza com todos os participantes da discussão, onde, inclusive, se fazia presente sua representação, haja vista que por outros compromissos, O Sr. Secretário não compareceu.

Mais adiante, na mesma reportagem, o secretário declara que “A mudança é nacional. Nós vamos executar conforme manda a lei nacional. Eles (coordenadores dos Cedecas) estão preocupados porque vão perder recursos. São ONGs ligadas ao PT”.

Infelizmente, por conta de desconhecimento da causa ou ausência de suporte técnico, devemos lembrar ao Sr. Secretário que a questão principal não é financeira e sim social.

Muitas das executoras do Serviço de Proteção Jurídico-Social e Apoio Psicológico, detentoras de premiação e reconhecimento, inclusive internacional, acerca da relevância e utilidade públicas, precisam complementar a verba de conveniamento com a Prefeitura através de outras parcerias ou esforços das entidades mantenedoras – dentre as quais a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto – a fim de proporcionar um digno e adequado atendimento, pois o repasse encontra-se defasado há pelo menos dois anos.

Não lutamos pela manutenção das entidades, considerando que elas não serão encerradas. Ou seria o ilustre secretário tão ingênuo para acreditar que, por exemplo, uma entidade ligada a Pontifícia Universidade Católica se extinga por conta do encerramento de um convênio com a sua pasta – SMADS.

Nossa luta é maior. Nossa luta é para manutenção da política pública. Nossa luta busca resgatar a dignidade de meninos e meninas e de suas famílias que vivem, ou melhor, sobrevivem à margem social por conta da política excludente e higienista instalada na cidade de São Paulo.

A portaria 30 faz letra morta ao artigo 227 da Constituição Federal, do artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente e afronta os princípios administrativos da razoabilidade e da continuidade dos serviços de relevância pública.

Com a manutenção da portaria, a criança e o adolescente deixam de ser prioridade absoluta nas políticas públicas do município de São Paulo, e, para terem acesso aos serviços contidos na portaria 30, deverão, necessariamente, entrar em conflito com a lei, o que por si, afronta o ditame constitucional da dignidade da pessoa humana.

Quando o secretário se refere ao CREAS (Centros de Referência Especializado de Assistência Social), cumpre lembrar que tal equipamento não existe em São Paulo, tampouco seu projeto e, certamente, não estarão funcionando plenamente no dia 1º de abril, quando a cidade de São Paulo amanhecerá sem o Serviço de Proteção Jurídico Social e Apoio Psicológico às crianças, adolescentes e suas respectivas famílias em situação de vulnerabilidade social.

Embora o Sr. Secretário tenha declarado que toda a reformulação passará por uma transição, evidencia-se que esta será totalmente prejudicada, pois os convênios atuais encerrar-se-ão no dia 31 de março de 2008 e não há qualquer esboço do CREAS.

Portanto, cabe-nos reforçar a pergunta que ainda não foi respondida pelo Sr. Secretário Floriano Pesaro: COMO FICARÃO E COMO SERÃO ATENDIDAS AS 15.000 PESSOAS – CRIANÇAS, ADOLESCENTES E FAMILIARES VULNERÁVEIS – A PARTIR DE 1º DE ABRIL DE 2.008?

Lamentamos, por fim, dado o caráter político-partidário dispensado pelo ilustre secretário ao assunto, que o mesmo não compactue com o ensinamento do ilustre professor André Franco Montoro, idealizador e fundador do PSDB: “O respeito à pessoa humana é a base da civilização. O resto é barbárie”.

Atenciosamente,

  • Espaço de Convivência Meninos e Meninas do Belém.
  • CEDECA Mônica Paião Trevisan.
  • Associação Cultural Corrente Libertadora.
  • Refazendo Vínculos, Valores e Atitudes.
  • CEDECA Mariano Kleber dos Santos.

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O Dia “D” do Consumo

Agência Envolverde – A cada ano que passa, o consumo da humanidade supera mais rapidamente a capacidade de regeneração do planeta. Em 2007, no dia 6 de outubro, faltando quase três meses para o Reveillon, a humanidade já havia consumido todos os recursos naturais que o planeta seria capaz de repor naquele ano. Como estamos gastando cada vez mais rápido os recursos naturais, esse dia “D” acontece cada vez mais cedo. Em 1987, o ano do primeiro Ecological Debt Day, como é chamado o dia em que a humanidade passa a estar em débito em relação ao meio ambiente, ocorreu no meio de dezembro. Em 1995, ele pulou para o dia 21 de novembro. E no ano passado, chegou à marca histórica de 6 de outubro.

Essa diferença entre o que o planeta é capaz de regenerar e o consumo efetivo das populações humanas provoca um saldo ecológico negativo que vem se acumulando ano após ano, desde a década de 80, e compromete, no longo prazo, a capacidade de sobrevivência da humanidade e de manutenção da vida no planeta como a conhecemos hoje. O cálculo é feito pela Ong internacional Global Footprint Network, que tem entre seus integrantes o ambientalista e conselheiro do Instituto Akatu, Fábio Feldman e o pesquisador William Rees, da universidade canadense de British Columbia. Ress é co-autor da ferramenta conhecida como Pegada Ecológica, que serve de base para a análise de impacto do consumo apresentada ao mundo pela Ong. Leia a matéria completa da Akatu clicando aqui.